Ao reduzir o próprio salário
e o salário de seus secretários para um real a prefeita de Itanhém, Zulma
Pinheiro, faz mero jogo midiático para tentar amenizar as duras críticas que
sua administração vem sofrendo ao longo desses dois anos, em razão do descaso com setores essenciais como saúde, educação,
iluminação, limpeza pública e mobilidade. Melhor que ela tivesse pedido para
seus irmãos secretários amarrarem uma melancia em seu pescoço ou passar óleo de
peroba no nariz, como sempre vem propondo as redes sociais.
As considerações enfatizadas
no decreto nº 83, que embora assinado no último dia 27 de dezembro tenha efeito
retroativo a 1º de dezembro de 2018, tenta nos convencer de que o município
passa por um dos piores momentos financeiros de sua história e culpa, entre
outras coisas, as insuficiências de recursos do FPM (Fundo de Participação dos
Municípios) e das transferências dos governos estadual e federal para a
manutenção de programas. Essa insuficiência (pasmem) vem, segundo a prefeita,
“obrigando o município a gastar grandes valores oriundos de recursos próprios
para garantir o funcionamento de serviços básicos”.
Se o município de Itanhém
está nessa situação de calamidade financeira, ao ponto da prefeita haver
estabelecido estado de emergência pelo período de 45 dias e baixado o seu e os
salários de todo o secretariado para um real, fica impossível explicar a lei
que ela mesma sancionou em tempo recorde, causando um enorme rombo nos cofres
públicos para pagar décimo terceiro e férias a ela mesma, ao vice-prefeito,
secretários e vereadores.
Outro fato intrigante foi o
do vice-prefeito André Lisboa, que é filho de um dos secretários municipais – o
ex-prefeito e médico Oséas Moreira – não ter sido incluso neste decreto. O
vice, que coincidentemente é advogado, ficou de fora e recebeu integralmente o
seu vencimento, que é de R$ 7.500 mil.
Tá na cara que a estratégia
midiática da prefeita Zulma Pinheiro é convencer que Itanhém vive uma
calamidade financeira, para justificar o caos administrativo que ela e seus
irmãos implantaram no município, além, é claro, de tentar esconder o que todos
estão vendo por debaixo do pano, menos meia dúzia de vereadores que se elegeram
para se beneficiarem e beneficiarem seus familiares.
Aguardemos o próximo
espetáculo, que deve ter show de malabares, equilibristas, trapezistas voadores
e mágicos que tiram coelhos da cartola e fazem dinheiro
desaparecer./aguapretanews
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