
Guilherme de Pádua, condenado
e preso por assassinar a atriz Daniella Perez, filha da autora Glória Perez, em
1992, virou pastor da igreja evangélica e criou um canal no YouTube para
pregar.
O canal tem pouco menos de
200 inscritos e apenas dois vídeos. O primeiro, postado em 11 de janeiro, é uma
explicação de como funciona o sistema de facções na cadeia. Guilherme de Pádua
ficou preso por sete anos, apesar de ter sido condenado a 19 anos.
Já no segundo vídeo,
publicado quatro dias depois, ele fala sobre o preconceito que enfrenta por ter
cometido crimes. O vídeo é intitulado “agora virou santo, né?”. “Mata, rouba,
trafica e depois depois vira crente? As críticas contra os criminosos (ou de
pessoas polêmicas) que declaram terem se convertido ao Evangelho são comuns e
compreensíveis. Como é possível crer em uma mudança tão radical? Por que não
fizeram isso antes de desgraçarem a própria vida e a vida de outras pessoas?”,
questiona na descrição do vídeo.
No vídeo, ele explica que a
igreja é um lugar que encoraja as pessoas a fazer a coisa certa. “De certa
forma, a igreja é um ambiente muito propício para pessoas que têm a tendência
de fazer coisas erradas. A cultura é: precisamos fazer o correto”, diz. “Olha
que coisa bem propícia para alguém que fez muita coisa errada: esse perdão,
essa oportunidade de poder recomeçar. Quem não gostaria de falar: poxa, eu
posso começar de novo, ter uma nova chance? E mais que isso: se eu me apagar a
esse Deus, fizer uma aliança com Ele, Ele tem uma aliança comigo, e aguarda-me
uma vida eterna”, continua.
O segundo post de Guilherme
de Pádua no YouTube tem pouco mais 7 mil visualizações. Ele desativou os
comentários do vídeo, mas a recepção do público não é boa: cerca de 1 mil
usuários deram “dislike” no post, enquanto apenas 113 curtiram.
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