Nesta terça-feira (2), às
14h, o ministro da Justiça, Sergio Moro, deve ser ouvido por três comissões da
Câmara: de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ); de Trabalho,
Administração e Serviço Púbico; de Direitos Humanos e Minorias
Os deputados querem
esclarecimentos sobre o conteúdo revelado pelo site de notícias The Intercept
Brasil, que trouxe mensagens supostamente trocadas entre Moro, então juiz
federal, e o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o promotor
Deltan Dallagnol.
Na última quarta-feira, o
presidente da CCJ, deputado Felipe Francischini (PSL-PR), informou ter recebido
correspondência do Ministério da Justiça sobre a disposição de Sérgio Moro em
comparecer à Câmara.
O ministro deveria ter
comparecido à Câmara no último dia 26 para dar esses esclarecimentos, mas
cancelou a audiência porque estava nos Estados Unidos, o que revoltou o
presidente da Comissão de Direitos Humanos, Helder Salomão (PT-ES).
"Alguns deputados e as
próprias comissões estão buscando entender por que o ministro não compareceu.
Ele deve explicações à sociedade brasileira. Ele precisa se explicar. Ele
precisa explicar os bastidores da Lava Jato."
Em audiência pública
realizada na Comissão de Direitos Humanos, o fundador do Intercept, o
jornalista Glenn Greenwald, afirmou que houve conluio entre o então juiz Sergio
Moro e os procuradores que atuam na Lava Jato. Para ele, as mensagens vazadas
apontam parcialidade nas decisões do então juiz. Na reunião, a deputada Carla
Zambelli (PSL-SP) afirmou que os documentos vazados eram resultado de crime de
hackeamento e que as conversas não eram autênticas.
O ministro da Justiça e os
procuradores da Lava Jato negaram irregularidade nas conversas e duvidaram do
conteúdo das mensagens. Moro afirmou ainda que o conteúdo tem origem ilícita. A
reunião com o ministro da Justiça, Sergio Moro, está marcada para esta
terça-feira (2), a partir das 14 horas./brasil247
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