SÃO PAULO - O novo juiz
federal da 13ª Vara Federal de Curitiba, Luiz Antonio Bonat , ordenou o
bloqueio de R$ 77,9 milhões em bens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
.
A decisão de Bonat foi tomada
no último dia 18 de junho de 2019 e atendeu a um pedido do Ministério Público
Federal (MPF) no caso em que o petista responde pela acusação de ter recebido
propina de cerca de R$ 12 milhões da Odebrecht por meio da compra de dois
imóveis. O ex-presidente sempre negou as acusações.
O valor estimado pelo juiz no
sequestro tem como base o montante atribuído às propinas pagas por empreiteiras
em oito contratos da Petrobras, que estariam relacionados ao processo.
Nesse caso, os procuradores
da Lava-Jato acusam a Odebrecht de pagar pelo apartamento vizinho ao de Lula em
São Bernardo, e usar, como "laranja", o empresário Glaucos da
Costamarques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, em nome de quem o imóvel
está registrado. O apartamento, que era alugado pela Presidência da República
até 2010 para abrigar os seguranças do petista, passou a ser ocupado por Lula.
A ação penal também investiga a intenção de
Odebrecht comprar um imóvel de R$ 12 milhões destinados ao Instituto Lula. O
negócio não aconteceu. O dinheiro sairia de uma conta da Odebrecht com o PT em
troca de benefícios na Petrobras.
Bonat passou a ser o
responsável pelos processos da Lava Jato de Curitiba desde 6 de março, quando
substituiu Sérgio Moro, ex-juiz da operação e atual ministro da Justiça e
Segurança Pública do governo de Jair Bolsonaro.
O ex-presidente está preso
desde abril na sede da Polícia Federal de Curitiba. Lula já foi condenado em
outros dois processos na justiça federal do Paraná. Ele cumpre pena pela
condenação no caso do tríplex do Guarujá, a qual sua defesa contesta no Supremo
Tribunal Federal./girodenoticias
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