Líder dos caminhoneiros
autônomos, Marconi França afirmou nesta sexta-feira (6/12) que, à 0h da próxima
segunda-feira (16/12), “pelo menos 70%” dos cerca de 4,5 milhões de
profissionais autônomos e celetistas vão parar em todo o país. O motivo é a
insatisfação da categoria com o governo de Jair Bolsonaro, que, segundo França,
não cumpriu o que prometeu aos trabalhadores.
“O governo não cumpriu nada
do que prometeu. O preço do óleo diesel teve 11 altas consecutivas, em 2019.
Não aguentamos mais ser enganados pelo senhor Jair Messias Bolsonaro, que
protege o agronegócio e diz que o caminhoneiro só sabe destruir rodovias“,
reclamou França ao Blog do Servidor, do Correio Braziliense. O líder do
movimento disse ainda que a duração do protesto não foi definida, ou seja, não
se sabe se será prolongado por mais dias.
Caminhoneiros divididos
À tarde, o líder dos
caminhoneiros foi à sede da Central Única dos Trabalhadores no Rio de Janeiro
(CUT-RJ) pedir apoio para o movimento. Lá, o caminhoneiro gravou um vídeo pedindo
apoio da população. “De todos que usam gasolina, óleo diesel e também gás de
cozinha. Jair Bolsonaro esquece que quem transporta os produtos das indústrias
e do agronegócio somos nós”, reforçou.
O movimento nacional dos
caminhoneiros tem o apoio do presidente da CUT/RJ, Sandro Alex de Oliveira
Cezar. O líder sindical destaca que ainda existe um racha na categoria dos
caminhoneiros. “Cerca de 30% ainda acreditam no governo e no presidente da
República. Mas nós temos certeza de que vão se conscientizar da necessidade de
melhores condições de trabalho”, destacou Cezar./tupi
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