Aproximadamente 5.100 (cinco
mim e cem) ex-beneficiários serão convocados pelo Ministério da Cidadania e
deverão devolver dinheiro do Bolsa Família, recebido indevidamente.
Trata-se do maior processo de
cobrança de ressarcimento de repasses promovido pela Pasta. Ao todo, o governo
federal está emitindo cobranças no valor aproximado de R$ 5,8 milhões aos
cofres públicos.
Mais de 5 mil pessoas terão
que devolver dinheiro do Bolsa Família. O Programa Bolsa Família é direcionado
para famílias extremamente pobres, com renda per capita mensal de até R$ 89, e
pobres, com renda per capita mensal entre R$ 89,01 e R$ 178. Os beneficiários
recebem o dinheiro mensalmente e, como contrapartida, cumprem compromissos nas
áreas de Saúde e Educação. Atualmente, o programa atende mais de 13,5 milhões
de famílias com cerca de R$ 2,5 bilhões, por mês.
Irregularidades
Todas as famílias foram
identificadas através de auditoria da Controladoria Geral da União (CGU) e de
cruzamento de dados com o Tribunal de Contas da União (TCU). Isso acontece
porque há a suspeita de que essas pessoas tenham prestado informações
irregulares intencionalmente ao Cadastro Único para Programas Sociais ou tinham
renda superior ao permitido para participar do programa.
Segundo o secretário especial
do Desenvolvimento Social do Ministério da Cidadania, Lelo Coimbra, essa
atitude mostra o empenho do governo federal em combater as irregularidades,
para garantir que o benefício chegue a quem realmente precisa.
“Isso é importante por dois
motivos: primeiro, temos muita gente que precisa desse dinheiro. Embora sendo
pouco, ajuda no combate à extrema pobreza. Segundo, por uma questão de justiça
esse repasse não pode ser dado a quem usou de maneira indevida essa
oportunidade, que seja devolvido”, apontou o secretário.
Dessa forma, cartas com aviso
de recebimento estão sendo enviadas às famílias identificadas, com a Guia de
Recolhimento da União (GRU) no valor previsto pelo governo federal. Os
beneficiários terão até 30 dias para apresentar uma defesa ao Ministério da
Cidadania. Caso a defesa não seja apresentada, os ex-beneficiários têm o mesmo
período para pagar a guia.
Consequências
O não pagamento implica na
inclusão do nome no Cadastro Informativo de Créditos não quitados do Setor
Público Federal (Cadin) e no sistema de cobrança do Tribunal de Contas da União
(e-TCE).
O secretário nacional de
Renda de Cidadania, Tiago Falcão, explica que as famílias que quitarem o débito
com a União poderão ser selecionadas para retornar ao benefício somente após um
ano, caso atendam às regras para participar do programa e após passar por um
processo de averiguação das informações.
Não pagando, entrando no
cadastro de devedores, as famílias têm limitações para fazer empréstimos;
financiamento; abertura de contas; além de não conseguirem certidão negativa de
débito junto à União. Isso faz então que ela tenha a sua vida financeira bastante
complicada caso não regularize sua situação”, explicou.
Falcão também reforçou que o
pagamento da guia encerra o processo imediatamente. A primeira cobrança de
recebimentos indevidos foi realizada em 2018, e conseguiu recuperar um milhão
de reais aos cofres da União.
Bolsa Familia.
O Programa é voltado para
famílias extremamente pobres (renda per capita mensal de até R$ 89) e pobres
(renda per capita mensal entre R$ 89,01 e R$ 178). Os beneficiários recebem o
dinheiro mensalmente e, como contrapartida, cumprem compromissos nas áreas de
Saúde e Educação. Atualmente, o programa atende mais de 13,5 milhões de
famílias com cerca de R$ 2,5 bilhões, por mês./mds.gov.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário