O prefeito de Itamaraju,
Marcelo Angênica (PSDB) mentiu por várias vezes durante entrevista coletiva
realizada na tarde de hoje, 29, ao tentar defender a manutenção do contrato
firmado entre o município e a Embasa, e que garantirá a prestação de serviço de
água e esgoto por mais 30 anos na cidade, além da manutenção da cobrança de
taxa de esgoto de 80% do valor da conta dos itamarajuenses.
O prefeito Marcelo Angênica
faltou com a verdade ao afirmar que a taxa de 80% referente ao tratamento de
esgoto paga em Itamaraju e na Bahia seria a mais barata do Brasil. Nossa equipe
verificou a informação equivocadamente passada pelo gestor municipal e
constatou que em várias cidades do país existem taxas menores, que variam de 30
a 80% do valor da conta. Um exemplo claro é o município de Sacramento, em Minas
Gerais, onde a tarifa de esgoto é de apenas 50% e a cidade conta com 100% de
água tratada para seus moradores. A informação pode ser consultada através do
link https://www.saaesac.mg.gov.br/calcconta.html .
Ainda durante a entrevista o
gestor chegou novamente a mentir ao dizer que quando assumiu a prefeitura
existia uma dívida de quase R$ 7 milhões com a Embasa. Nossa equipe verificou a
informação e constatou que não é verdadeira a afirmação feita por Marcelo Angênica.
De acordo com certidão N°400/2017, emitida pela própria Embasa, em janeiro de
2017 a dívida municipal era de R$ 3.912.677,34 (três milhões, novecentos e doze
mil, seiscentos e setenta e sete reais e trinta e quatro centavos), cerca da
metade do valor mencionado pelo prefeito.
Nossa equipe também constatou
que de fato após assumir a prefeitura, a dívida com a Embasa chegou perto de R$
8 milhões em 2020, comprovando que além de não pagar a dívida existente,
Marcelo Angênica ainda acumulou mais quase R$ 4 milhões em débitos com a Embasa
desde que assumiu a prefeitura de Itamaraju em 2017.
Segundo nos informou alguns
parlamentares, o prefeito também mentiu ao dizer que já havia negociado a
dívida com a Embasa e que o município já estaria adimplente com o Governo do
Estado. De acordo com a lei orgânica, para que o prefeito realizar qualquer
parcelamento de dívidas do município, primeiramente é necessário antes enviar
projeto de Lei para a Câmara Municipal. O gestor constantemente tem sido
cobrado pelos vereadores por estar supostamente “atropelando” o legislativo e
deixando de enviar as informação obrigatórias para a Câmara.
Angênica ainda disse que para
formalizar o contrato com a Embasa foram realizadas várias audiências públicos
envolvendo os moradores de Itamaraju. De acordo com as informações obtidas
através de alguns vereadores, nenhuma audiência pública teria sido realizada na
Câmara Municipal, tendo ocorrido apenas uma única reunião na sede do Senar, que
contou a participação de cerca de 30 pessoas, a maioria funcionários da própria
Embasa.
A população tem cobrado uma
postura da Câmara de Vereadores em relação à renovação do contrato, e não
descartam que manifestações possam ser realizadas tanta na sede do legislativo,
quanto na prefeitura municipal./sigaanoticia
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