O Ministério da Saúde
anunciou hoje que subiu para 5.017 o número de mortes pelo novo coronavírus no
Brasil — 474 óbitos confirmados nas últimas 24 horas, maior número registrado
no período desde o início da pandemia. Com os dados atualizados, o país ultrapassou
a China, que registra oficialmente 4.643 mortes por conta da covid-19.
No total, são 71.886 casos
oficiais no país, segundo os dados mais recentes do Ministério, com 5.385 novos
diagnósticos de ontem para hoje. Segundo a pasta, ao menos 34.325 pacientes
estão em acompanhamento e mais de 32.544 já se recuperaram. 1.156 óbitos seguem
em investigação.
Os Estados Unidos já acusaram
o governo chinês de esconder relatórios sobre a doença no país, onde teve
início a pandemia. As autoridades locais registram que a China tem 84.347
diagnósticos de covid-19.
Já Brasil tem subnotificação
de casos e óbitos, indicam estudos recentes. Pesquisas brasileiras apontam que
o número de casos aqui pode ser de 12 a 15 vezes maior do que o reportado pelo
Ministério.
A taxa de letalidade — que
compara os casos totais pelos números de óbitos confirmados — no Brasil é de
7%, segundo a atualização do governo. O anúncio de hoje, no entanto, não
significa necessariamente que 474 pessoas morreram nas últimas 24 horas.
Desde o início da pandemia, o
Ministério da Saúde tem somado ao balanço diário mortes ocorridas dias atrás,
mas com confirmação de covid-19 no último dia.
No total, as mortes em
decorrência do coronavírus confirmadas em cada estado são:
Acre (16); Alagoas (36),
Amapá (26); Amazonas (351); Bahia (86); Ceará (403); Distrito Federal (28);
Espírito Santo (64); Goiás (27); Maranhão (145); Mato Grosso (11); Mato Grosso
do Sul (9); Minas Gerais (71); Pará (129); Paraná (77); Paraíba (53);
Pernambuco (508); Piauí (21); Rio Grande do Norte (48); Rio Grande do Sul (42);
Rio de Janeiro (738); Rondônia (11); Roraima (6); Santa Catarina (44); São
Paulo (2.049); Sergipe (11); Tocantins (2).
Pico entre 2 a 9 semanas
Ontem, em coletiva de imprensa do Ministério da Saúde, o Secretário de
Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira declarou que o período de maior
incidência de vírus respiratórios, como o caso da covid-19, é previsto para
iniciar em duas semanas.
Segundo Oliveira, o Brasil
inicia a 18ª semana desde que iniciou os boletins a respeito da situação do
coronavírus no país.
Projetando o pico de casos de
outras infecções respiratórias que já acometeram o Brasil, ele apresentou o
levantamento. "Estamos na semana epidemiológica de número 18. O período de
maior incidência de vírus respiratórios ocorre em torno da 20ª, 22ª, 27ª semana.
Em alguns anos ela se antecipa./uol
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