A China está testando pelo
menos cinco vacinas experimentais contra o novo coronavírus em humanos, em um
contexto de competição internacional entre laboratórios, anunciou nesta
sexta-feira, 15, o vice-ministro da Saúde. Para proteger os chineses e silenciar
as críticas ocidentais à gestão da pandemia, a China incentiva órgãos públicos
e empresas privadas a acelerar as investigações.
“No geral, estamos
progredindo”, graças à boa cooperação entre serviços de saúde, hospitais e
institutos de pesquisa, disse Zeng Yixin, vice-ministro da Saúde. Um total de
“2.575 voluntários foram vacinados no âmbito de diferentes projetos” e “não
foram relatados efeitos indesejáveis significativos”, disse Zeng em entrevista
coletiva em Pequim.
No entanto, ele não falou
sobre datas de comercialização de uma vacina, embora tenha dito que a “fase 2”
de todos os ensaios clínicos será concluída em julho. A fase 2 é a segunda das
três fases de testes em humanos que devem ser concluídas antes da venda.
Atualmente, existem cinco projetos em andamento.
A Academia Militar Chinesa de
Ciências Médicas, em colaboração com a empresa CanSino BIO, está trabalhando em
uma vacina que usa um adenovírus, ou seja, um vírus-vetor para inserir o
patógeno no corpo. Os outros quatro projetos dizem respeito a vacinas mais
clássicas, que contêm uma versão inativada do patógeno (neste caso, o
Sars-Cov-2) administrada para provocar uma reação no paciente.
Dois dos projetos são de
iniciativa de um gigante do setor farmacêutico, o China National Biotec Group
(CNBG), um em colaboração com o Centro Chinês de Controle e Prevenção de
Doenças e o outro com o Instituto Wuhan de Virologia. Foi nesta cidade do
centro da China que o coronavírus apareceu pela primeira vez no ano passado.
A empresa farmacêutica
Sinovac, com sede em Pequim, trabalha com sua própria vacina. O nome da agência
que realiza o quinto projeto é desconhecido. Segundo o vice-ministro, as
autoridades poderiam aprovar outros testes em humanos em junho./Share
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