O Fluminense foi um
adversário duro, que desafiou o Flamengo na reta final do Carioca, mas a equipe
de Jorge Jesus confirmou o favoritismo e conquistou o bicampeonato estadual - o
36º em sua história - nesta quarta, ao vencer por 1 a 0 no Maracanã. O gol do
título foi marcado por Vitinho, já nos acréscimos. No primeiro jogo da decisão,
o Rubro-Negro já havia vencido o Tricolor por 2 a 1.
Com as arquibancadas vazias,
coube aos atletas e comissão técnica celebrarem entre si. A comemoração foi
tímida, mas é uma cena que entra para a história.
A campanha de 14 vitórias,
dois empates e uma derrota, sendo esta com o time alternativo no início do
torneio, mostra que o Estadual não trouxe grandes desafios técnicos ao Fla, que
levantou sua nona taça desde janeiro de 2019.
Agora, são cinco títulos com
Jorge Jesus: Carioca, Campeonato Brasileiro, Libertadores, Supercopa do Brasil
e Recopa Sul-Americana. O Flamengo ainda venceu a Taça Guanabara (primeiro
turno do Estadual) com o Mister.
Pela frente, Flamengo e
Fluminense terão cerca de um mês de preparação visando o início do Brasileirão,
cuja primeira rodada será em 8 e 9 de agosto.
Após dois clássicos em que
não atuou ao nível e no estilo que
acostumou-se sob o comando de Jorge Jesus, o Flamengo voltou a impor seu jogo
no Maraca.
Com Gerson e Everton Ribeiro
entre os titulares de novo e ditando as ações ofensivas, a equipe ocupou o
campo ofensivo, complicou a vida do Fluminense na saída de bola e criou boas
chances desde o início. O jogo, porém, foi lá e cá.
O caminho das melhores
oportunidades rubro-negras foi pelo lado direito de ataque. A primeira delas
foi com Bruno Henrique, que driblou Muriel mas, sem ângulo, não finalizou.
Coube a Pedro chutar por cima do gol. O camisa 21 foi o último a levar perigo
ao Flu, seu ex-clube. Ao ser acionado por
ER7, já aos 44, tirou tinta da trave direita do goleiro - que também foi
exigido por Léo. Pereira.
FLUMINENSE AMEAÇA NOS
CONTRA-ATAQUES!
Por outro lado, o Fluminense
respondeu com o trio de ataque formado pelos jovens Marcos Paulo e Evanílson e
o experiente Nenê. O primeiro deles foi o principal nome do Tricolor na
primeira etapa, conseguindo boas arrancadas e pisando na área para finalizar.
Os chutes, contudo, não saíram da forma como ele desejava. O primeiro foi por cima
do gol de Diego Alves, em passe de Nenê.
A segunda finalização ficou
nas mãos do camisa 1 rival, após grande jogada de Evanílson, que partiu do meio
de campo e levou vantagem sobre Léo Pereira. Aplicado defensivamente, foi
assim, nos contra-ataques, que o time de Odair Hellmann conseguiu incomodar o
Flamengo e tornar o clássico equilibrado.
SEGUNDO TEMPO PERDE EM EMOÇÃO
Após o intervalo, o controle
de jogo do Flamengo se intensificou. A posse de bola, contudo, não se
transformou em chances criadas e o jogo se desenvolveu sem grandes emoções.
Além de uma cobrança de faltas de Gerson, logo no primeiro minuto da etapa
final, nenhum dos goleiros voltou a ser exigido.
Jorge Jesus foi o primeiro a
mexer na equipe: o lateral Filipe Luís saiu com dores na perna direita e
Arrascaeta - apagado - por opção. Entraram Renê e Michael. No fim, já depois
dos 40 minutos, entraram Diego, Vitinho e Gustavo Henrique.
FLU SE LANÇA E VITINHO
GARANTE: BICAMPEÃO!
Odair Hellmann colocou Michel
Araújo e Fernando Pacheco e, minutos depois, Caio Paulista e Ganso. Já aos 40,
Felippe Cardoso foi a última ação do técnico.
O Fluminense precisava de um
gol para forçar os pênaltis e lançou-se todo ao ataque. Como não foi capaz de
criar qualquer situação de perigo ao Flamengo, foi castigado. Já nos
acréscimos, Vitinho recebeu na entrada da área e finalizou: o chute desviou em
Nino e encobriu Muriel, sendo o último ato do Estadual.
Nos minutos finais, o clima
ainda esquentou no gramado. Com o Flamengo na frente do placar, Michael fez
jogada de efeito pela ponta esquerda e irritou Hudson, que foi cobrar o
atacante rubro-negro. Um tumulto se formou entre os jogadores, mas depois do
empurra-empurra o jogo logo acabou./lance
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