Mais uma vez, repetindo
situações de outras ocasiões quando ele ocupou a Prefeitura da cidade. A frase
absurda proferida pelo prefeito de Itabuna em um video nas redes sociais, para
confirmar sua intenção de reabrir o comércio no dia 9, viralizou, alcançou
repercussão nacional e provocou discussões e críticas pelo mau gosto.
Fernando Gomes mantém o
comércio local fechado há mais de 115 dias, o que irrita os comerciantes, que
estão atolados em dívidas relativas a aluguéis, faturas, contas de água e luz,
folha salarial, etc.. Por isso, a pressão para que as empresas retomem as
atividades é intensa.
No final da tarde de
quarta-feira, no vídeo, Fernando Gomes disse que vai assinar o decreto para
reabrir o comércio e que “morra quem morrer”. A frase espantou a mídia de todo
o país, ganhou espaço em redes como a Globo e a Record, ficou entre os tópicos
mais falados no Twitter.
Sem desculpas
Ao invés de pedir desculpas,
a assessoria da Prefeitura alegou que a fala foi mal interpretada, mas não
convenceu ninguém. Por meio de nota, o prefeito Fernando Gomes disse que tem
sua história "pautada na preservação das vidas", apesar de até hoje
ser suspeito de ter mandado assassinar o jornalista Manoel Leal, em 1998.
Um dos assassinos condenados
era ligado a ele e à sua principal parceira, Maria Alice Pereira, que sempre
coordena as ações quando ele é prefeito. O outro foi contratado pelo prefeito
para atacar adversários um ano antes do crime, armação que vinha sendo
denunciada pelo jornalista, com provas.
A afirmação também não
combina com o fato de que, apesar de contar com R$ 86 milhões em verbas extras
entre janeiro e maio, ele não instalou nenhuma UTI, não comprou respiradores,
não contratou médicos e enfermeiros, não investiu na prevenção e no tratamento
do coronavirus. Logo no início da pandemia, sumiu da cidade por 30 dias.
Retrospecto ruim
Gomes já tinha sido manchete
nacional como o maior marajá do país, nos anos 80, depois por ter transformado
o Hospital de Base Luiz Eduardo Magalhães em "casa da morte". Gomes
também foi condenado pelo "escândalo dos sanguessugas", envolvendo a
compra fraudada de ambulâncias em 2006.
Na segunda-feira, Fernando
Gomes já tinha sido criticado ao recuar de abrir o comércio. Ele alegou que
pediu dados dos hospitais e "não havia leitos de UTI". Porém, naquele
dia haviam 3 vagas. O jornal A Região apurou que Gomes recuou porque foi
repreendido pelo governador Rui Costa, que na quarta-feira confirmou a conversa
com o prefeito.
O fechamento total do
comércio de Itabuna já causou cerca de R$ 600 milhões em prejuízos para os
lojistas, eliminou 1.800 empregos e provocou a falência de mais de 40 empresas.
A maioria dos comerciantes reprova a inabilidade da atual gestão frente à
pandemia./aregiao
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