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domingo, 12 de julho de 2020

Fala de Gomes é vergonha nacional para Itabuna



fernando gomes


Mais uma vez, repetindo situações de outras ocasiões quando ele ocupou a Prefeitura da cidade. A frase absurda proferida pelo prefeito de Itabuna em um video nas redes sociais, para confirmar sua intenção de reabrir o comércio no dia 9, viralizou, alcançou repercussão nacional e provocou discussões e críticas pelo mau gosto.

Fernando Gomes mantém o comércio local fechado há mais de 115 dias, o que irrita os comerciantes, que estão atolados em dívidas relativas a aluguéis, faturas, contas de água e luz, folha salarial, etc.. Por isso, a pressão para que as empresas retomem as atividades é intensa.

No final da tarde de quarta-feira, no vídeo, Fernando Gomes disse que vai assinar o decreto para reabrir o comércio e que “morra quem morrer”. A frase espantou a mídia de todo o país, ganhou espaço em redes como a Globo e a Record, ficou entre os tópicos mais falados no Twitter.

Sem desculpas

Ao invés de pedir desculpas, a assessoria da Prefeitura alegou que a fala foi mal interpretada, mas não convenceu ninguém. Por meio de nota, o prefeito Fernando Gomes disse que tem sua história "pautada na preservação das vidas", apesar de até hoje ser suspeito de ter mandado assassinar o jornalista Manoel Leal, em 1998.

Um dos assassinos condenados era ligado a ele e à sua principal parceira, Maria Alice Pereira, que sempre coordena as ações quando ele é prefeito. O outro foi contratado pelo prefeito para atacar adversários um ano antes do crime, armação que vinha sendo denunciada pelo jornalista, com provas.

A afirmação também não combina com o fato de que, apesar de contar com R$ 86 milhões em verbas extras entre janeiro e maio, ele não instalou nenhuma UTI, não comprou respiradores, não contratou médicos e enfermeiros, não investiu na prevenção e no tratamento do coronavirus. Logo no início da pandemia, sumiu da cidade por 30 dias.

Retrospecto ruim

Gomes já tinha sido manchete nacional como o maior marajá do país, nos anos 80, depois por ter transformado o Hospital de Base Luiz Eduardo Magalhães em "casa da morte". Gomes também foi condenado pelo "escândalo dos sanguessugas", envolvendo a compra fraudada de ambulâncias em 2006.

Na segunda-feira, Fernando Gomes já tinha sido criticado ao recuar de abrir o comércio. Ele alegou que pediu dados dos hospitais e "não havia leitos de UTI". Porém, naquele dia haviam 3 vagas. O jornal A Região apurou que Gomes recuou porque foi repreendido pelo governador Rui Costa, que na quarta-feira confirmou a conversa com o prefeito.

O fechamento total do comércio de Itabuna já causou cerca de R$ 600 milhões em prejuízos para os lojistas, eliminou 1.800 empregos e provocou a falência de mais de 40 empresas. A maioria dos comerciantes reprova a inabilidade da atual gestão frente à pandemia./aregiao

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