Após mais de seis anos,
quando todos já achavam que o assassinato do prefeito de Itagimirim, Rielson
Lima, seria mais um crime que cairia no rol do esquecimento, eis que surge uma
movimentação no inquérito que apura o crime.
Na quarta-feira (05), pela
manhã, um suspeito de envolvimento na execução de Rielson foi preso em
Brasília. A ação para prender o investigado foi realizada por policiais civis
de Eunápolis, com apoio da Polícia Civil do Distrito Federal.
O delegado Moisés Damasceno,
coordenador da 23ª Coorpin, informou que o homem está sendo recambiado para o
município de Eunápolis. Ele já teve a prisão temporária decretada pelo juiz
Otaviano Andrade Sobrinho, titular da 1ª Vara Crime da comarca local. O acuado
será ouvido pelo mesmo juiz.
O delegado Damasceno não
divulgou o nome do suspeito, segundo ele para não prejudicar as investigações.
EXECUTADO EM PRAÇA - Rielson Lima foi morto aos 51 anos, com
quatro tiros, em uma praça no centro da cidade de Itagimirim, na noite de 29 de
julho de 2014. Ele ainda chegou a passar por cirurgia no Hospital Regional, em
Eunápolis, mas morreu durante o procedimento.
O crime, conforme as
investigações, foi cometido por um pistoleiro que chegou e saiu do local em uma
moto.
Durante o curso das
investigações, algumas pessoas foram investigadas, ouvidas ou indiciadas. O
então vice-prefeito Rogério Andrade, que acabou assumindo o cargo após a morte
de Rielson, foi um dos que prestou depoimento. O irmão dele, o agricultor
Sandro Andrade, chegou a ter a prisão pedida pela polícia. Os dois sempre
negaram qualquer participação na trama.
QUEIMA DE ARQUIVO - Pelo
menos quatro pessoas que estavam sendo investigadas foram mortas, em crimes com
características de queima de arquivo.
Em dezembro de 2015, por
exemplo, Alessandro Neves Lopes, o 'Sandro Seco, que chegou a ser preso no
curso das investigações, foi executado com vários tiros, no município de
Itarantim.
A polícia nunca apontou, pelo
menos para a imprensa, uma possível motivação para a execução do prefeito
Rielson.
Por vários anos, a família de
Rielson e a comunidade de Itagimirim realizaram protestos e caminhadas, pedindo
celeridade nas investigações e o fim da impunidade./RADAR64
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