O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) admitiu em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), que Fabrício Queiroz continuaria como seu assessor, se "nada de anormal tivesse acontecido".
No depoimento obtido pelo O Globo, Flávio responde ao procurador Eduardo Benones que pretendia trabalhar com Queiroz em Brasília, o que só não aconteceu porque veio à tona o escândalo sobre a movimentação atípica no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Com o episódio, não havia mais "clima" para que o seu ex-assessor na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) continuasse em seu gabinete, desta vez no Senado.
"A expectativa era que ele (Queiroz) viesse comigo mesmo, sempre foi uma pessoa da minha confiança", confessou. Flávio.
" Se não tivesse acontecido nada de anormal, como aconteceu, ele provavelmente estaria aqui (Senado) comigo hoje. As coisas foram acontecendo nesse cronograma e explodiu essa situação dele em dezembro, dia 6 de dezembro, obviamente que não tinha mais clima dele ir trabalhar comigo", completou.
Queiroz, que é apontado como o operador do esquema da "rachadinha" no gabinete do então deputado da Alerj, foi exonerado em outubro de 2018, ano em que Flávio foi eleito senador.
A suspeita do MPF é de que Queiroz foi exonerado após o vazamento de dados de uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhões das suas contas, investigadas na Operação Furna da Onça.
O inquérito foi abeto após o empresário Paulo Marinho ter relatado o vazamento da informação./bnews
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