O prefeito Alecsandro Bezerra
dos Santos, popularmente conhecido como Sandro Moco (PSDB), de Camalaú, na
Paraíba, foi preso na manhã desta sexta-feira (14/08). Ele é o principal alvo
da operação Rent a Car, desencadeada em conjunto pelo Grupo de Atuação Especial
de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Comissão de Combate aos Crimes de
Responsabilidade e à Improbidade Administrativa (CCRIMP), do Ministério
Público, e pela Polícia Militar.
A Operação Rent a Car apura
ocorrência de crimes de falsidade documental, fraudes em licitação e desvio de
recursos públicos na prefeitura do município de Camalaú. Os contratos
fraudulentos provocaram um prejuízo ao erário no valor de R$ 314.690,62.
Durante o cumprimento dos
mandados de busca e apreensão foram encontrados arma e uma bolsa com muito
dinheiro na casa dele. O Ministério Público estima em R$ 60 mil o volume de
recursos encontrado em poder do político.
A Operação tem alicerce em
uma ação penal movida pelo MPPB contra o prefeito de Camalaú, Alecsandro
Bezerra dos Santos, e outras pessoas envolvidas, que são suspeitos de planejar
e executar engenho voltado para desviar recursos públicos do município,
processado após prévia emissão de documentos falsos e locação fraudulenta de
veículos do prefeito, sendo uma caminhonete e um caminhão, registrados em nome
de “laranjas”.
Segundo apurado, desde o
início da gestão do atual prefeito, 2017, os veículos NISSAN FRONTIER e
caminhão Mercedes Benz são sistematicamente locados ao município de Camalaú,
após prévio direcionamento de processos de licitação, especialmente modelados
para tal finalidade.
A caminhonete foi adquirida
junto a uma concessionária de Caruaru em março de 2017, pelo valor de R$ 165
mil, destes R$ 110 mil foram pagos por meio de transferência bancária de conta
titularizada pelo próprio prefeito. Em contrapartida, o município de Camalaú já
pagou, pelo menos, R$ 140.902,00 pelos contratos de locação. De acordo cm o
MP/PB, a caminhonete era vinculada ao gabinete do prefeito, que usava o
veículo, ainda arcando com os custos da locação.
Quanto ao caminhão, a
investigação identificou que ele foi adquirido por R$ 24 mil enquanto o
município de Camalaú já arcou com R$ 166.404,00, pelos três anos de locação.
Por fim, a investigação
registrou um desvio de recursos públicos na aquisição de peças mecânicas
direcionadas a um caminhão, com as mesmas características do veículo do
prefeito de Camalaú (não integrante da frota municipal de veículos), no valor
de R$ 7.384,62./zerohoranews
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