A seleção brasileira manteve
100% de aproveitamento após quatro rodadas das Eliminatórias da Copa do Mundo
do Qatar ao vencer o Uruguai por 2 a 0, hoje (17), no estádio Centenário, em
Montevidéu. Os gols foram marcados no primeiro tempo, por Arthur e Richarlison.
Desfalcado de nove jogadores por lesões ou diagnósticos positivos para Covid-19, enquanto o Uruguai lamentava a ausência de Suárez e mais dois jogadores pela doença, o Brasil resolveu o jogo cedo e se despediu de 2020 com quatro vitórias nos quatro jogos do ano, com 12 gols marcados e só dois sofridos, além da liderança na caminhada para o Qatar. Tite respira aliviado.
Agora, as duas seleções terão quatro meses de folga no calendário. As próximas rodadas das Eliminatórias estão marcadas para a última semana de março de 2021, quando o Brasil visita a Colômbia fora de casa e o Uruguai enfrenta a Argentina também como visitante. Jogaços.
Destaque contra a Venezuela, o meia do Flamengo voltou chamar atenção hoje com participações em dois gols marcados no primeiro tempo. Do lado direito do ataque, ora mais centralizado e ora mais aberto, ele venceu a maioria das disputas de bola em que se envolveu, acelerou o jogo com passes curtos, não decepcionou nas bolas longas e ditou o ritmo do ataque, como nos melhores tempos de Philippe Coutinho.
Cavani sem Suárez
Diagnosticado com Covid-19 ontem, Suárez desfalcou o Uruguai contra o Brasil. Seu substituto foi Darwin Núñez, que levou perigo com uma bola no travessão e outros lances. Ele fez companhia ao outro astro uruguaio, Cavani, que decepcionou. Além de não ter finalizado a gol nenhuma vez e perdido cinco em sete duelos pessoais pela bola, o atacante ainda cometeu falta dura em Richarlison e foi expulso com revisão do VAR aos 26 minutos do segundo tempo. Que fase!
Do 4-1-4-1 ao 4-4-2
A seleção começou com Douglas Luiz de primeiro volante, Jesus, Arthur, Everton Ribeiro e Richarlison na segunda linha e Firmino de centroavante. A estratégia era troca passes num bloco mais baixo para incentivar o Uruguai a avançar e aí gerar espaço na frente. O problema é que o time errou quase 20% dos passes tentados e a estratégia não rendeu como planejado. Tinha posse de bola, mas chance de gol só criou com Gabriel Jesus antes dos cinco minutos.
Ao longo do primeiro tempo, Jesus virou centroavante junto com Richarlison, Firmino recuou como um meia-esquerda e Everton Ribeiro virou meia-direita. Não à toa, o primeiro gol teve participação direta dele acelerando o jogo... Vale mencionar que esse gol saiu quando o Uruguai tinha um aparente domínio, a fim de jogo, despachando para Darwin Núñez e Cavani brigarem na área por uma segunda bola. Núñez já tinha acertado uma bola no travessão e Godín acertaria outra depois do segundo gol do Brasil, mas sem maiores problemas.
Uruguai corre atrás
Até naturalmente, pelo
placar, o Uruguai se soltou mais no segundo tempo. Avançou seu bloco de
marcação, ocupou mais espaços no ataque e passou a incomodar o Brasil, que
recorreu a Éverton Cebolinha para ganhar terreno na velocidade. Mas aí, aos 26
do segundo tempo, Cavani deu entrada dura no tornozelo de Richarlison, foi
expulso e colocou o plano de jogo de Óscar Tabárez a perder. Cáceres ainda
balançou as redes, mas a arbitragem flagrou impedimento e aí a reação foi por
água abaixo.
Força nas laterais
O primeiro gol da seleção saiu aos 33 minutos. Aberto do lado direito, Firmino prendeu a bola num contra-ataque para esperar a chegada de Everton Ribeiro, que girou o corpo rápido e tocou curto para o cruzamento de Danilo. No meio da área, Gabriel Jesus rolou para Arthur bater e contar com desvio antes de a bola entrar. Apenas 11 minutos depois, o segundo gol: após cobrança curta de escanteio de Everton Ribeiro pela esquerda, Renan Lodi fez o arco na área e Richarlison apareceu entre os zagueiros para acertar o cantinho do gol de Campaña./UOL
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