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sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Morte do humorista Jotinha é repercutida pelo 'New York Times'

 Morte do humorista Jotinha é repercutida pelo 'New York Times'  

A morte do humorista e locutor baiano, Jotinha, foi noticiada nesta quinta-feira, 19, em um dos principais jornais dos Estados Unidos, o The New York Times. O NY Times realizou, após 15 dias depois da morte do ícone do whatsapp, uma pauta no tabloide em obituário especial feito pelo jornal sobre pessoas que morreram em decorrência do coronavírus. 

Na reportagem ele é intitulado como Little J e é tratado pelo veículo como Rei do WhatsApp. Na matéria, eles explicam que a rede social foi o responsável por viralizar as brincadeiras do humoristas, contribuindo para Jotinha atingir a fama. 

"Quando alguém em 2016 enviou uma mensagem para um grupo de whatsapp brasileiro, provocando a baixa estatura e voz aguda de José Luiz da Silva, o senhor Silva viu e ofereceu a outra face – com um resultado surpreendente", escreveu o jornal. 

"A mensagem continha uma foto adulterada de sua cabeça no topo do corpo de um pintinho, e perguntava se ele era popular com as mulheres. O senhor Silva, conhecido como Jotinha, respondeu ao grupo com uma mensagem de áudio com sua distinta voz de criança: “Não, não entendi. Não entendi nada, ha ha ha ha”. Por alguma razão, sua resposta chamou atenção e as pessoas começaram a compartilhar em outros grupos do whatsapp, que é muito popular no Brasil. 

No fim do dia, ela tinha recebido 3.600 mensagens no aplicativo. Ele continuou a postar mensagens de áudios e elas continuaram a fazer sucesso. Logo, ele estava recebendo mais de 10 mil mensagens por dia, fazendo com que a mídia brasileira o chamasse de “Rei do Whatsapp”, acrescentou a publicação. 

O NY Times conta no obituário um pouco da história de José Luiz Almeida da Silva, antes mesmo dele se tornar um fenômeno. Além disso, é abordado a vida dos pais como trabalhadores do campo, o início do trabalho dele como locutor, a repercussão que o diagnóstico de Jotinha teve na mídia brasileira, dentre outras questões. O 'New York Times' ainda descreveu sobre o time de coração do humorista, o Esporte Clube Bahia. 

A publicação norte-americana fala sobre ainda sobre o estado de saúde da mãe de Jotinha, Teresa Cesar Almeida da Silva, que contraiu a Covid-19, mas se recuperou da doença. 

Jotinha faleceu no início deste mês, em 5 de fevereiro, aos 52 anos, após falência múltipla dos órgãos, em decorrência da Covid-19. Ele foi enterrado no dia seguinte, em Elísio Medrado. Moradores fizeram homenagens a ele com carreata e aplausos./A Tarde

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