Nesta sexta-feira, 05 de março, por volta das 16 horas, ocorreu mais uma manifestação por parte de muitas escolas da rede particular de ensino de Teixeira de Freitas.
Cerca de 21 instituições, que
pedem o retorno das aulas presenciais, realizaram um “protesto silencioso”,
cuja concentração foi na av. São Paulo, próximo ao gabinete do prefeito, e
depois seguiram em direção ao centro da cidade.
Nas escolas que protestaram, houve aulas on-line até às 15h, em seguida, os diretores e professores, trajando roupa preta, foram ao protesto. Segundo relatado, a escolha da cor representa “tristeza por esse momento que a educação vive, por não ser considerada essencial”.
Foi reforçado por parte da organização do ato que não haveria nenhum tipo de fala ou barulho, apenas a presença com cartazes brancos e letras pretas.
Lázaro Sodré
OSollo acompanhou o protesto e conversou com Lázaro Sodré da Silva, do Colégio Evolução. Ele explicou que, juntamente com muitos pais, os corpos docente e administrativo das escolas estavam “pedindo ao prefeito a reabertura de nossas escolas particulares, todas estão com protocolos feitos, preparadas para retomada com segurança”.
Carreata manifesta apoio às
escolas particulares de Teixeira de Freitas
Na oportunidade, Lázaro disse que estavam também protestando contra a ação tomada por parte da Secretaria Municipal de educação de notificar as instituições que estavam realizando atendimento presencial. Em nota, a Prefeitura justificou as fiscalizações afirmando que foi oficiada pelo Ministério Público Estadual cobrando tal postura, pois, “o MP aponta a existência de decretos estadual e municipal, que ainda não liberam as aulas presenciais, portanto, até a ocorrência de nova decisão neste sentido, é preciso que a modalidade de ensino se mantenha, exclusivamente, remota”, diz a nota da prefeitura.
Marli Barbosa
No entanto, Lázaro e dezenas de diretores da rede privada, prostestam “o direito de trabalhar. Não queremos nada mais que nosso direito. Não tem fiscal melhor que os pais”, destacou, enfatizando que as escolas têm apoio dos pais, os idealizadores do movimento em prol do retorno das aulas híbridas semipresenciais, onde não haveria sala cheia, sim, um numero reduzido de alunos por turmas em encontros presenciais, tudo já planejado pelas escolas com ênfase nas medidas de biossegurança para evitar o contágio pelo novo coronavírus.
Andreia Baldo e as filhas
“Nossas escolas estão na UTI, precisamos voltar, não é dinheiro, é qualidade de ensino, estamos preocupados com as crianças. Precisamos retornar, estar junto com as famílias. Não é voltar junto com sala cheia não, mas voltar com atendimentos presenciais”, finalizou.
Marli Barbosa, do Colégio
Primeiro Espaço, destaca os prejuízos para a saúde mental das crianças com as
escolas fechadas: “Chamar atenção das autoridades para que possamos abrir as
escolas e atender os alunos. Nossas crianças precisam, estão sofrendo
emocionalmente. A gente vê a necessidade das escolas abertas, por isso estamos
lutando por essas crianças aqui”.
Opinião compartilhada por dona Andreia Baldo, mãe de duas alunas da escola São João Evangelista. Para ela, “as crianças precisam voltar pra escola, o aprendizado é outro, o nível de estresse das crianças presas dentro de casa o tempo todo é outro, estamos todos cansados”. E prossegue: “Tudo está funcionando na cidade, inclusive em situações de muito mais riscos. Com cuidado, vai funcionar, as crianças estão sendo prejudicadas no aprendizado e no social”, disse./osollo
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