Uma projeção feita pela alta cúpula do Ministério da Saúde avaliou que o Brasil deve passar pelo pior momento da pandemia nas próximas duas semanas. Segundo o jornal Valor Econômico, a projeção é que haja uma explosão de casos e mortes no período, com as vítimas fatais ultrapassando a barreira dss 3.000 por dia.
As causas do pico são o alastramento do vírus em todo o país, impulsionado pelas aglomerações no fim do ano e no Carnaval; a dificuldade da população de manter-se em isolamento social; a circulação no país de novas variantes mais contagiosas e com grande carga viral; a iminência de um colapso do sistema hospitalar em diversos Estados ao mesmo tempo; e a falta de vacinas disponíveis para imunizar os brasileiros.
Apesar do país inteiro estar em situação crítica, a região que mais preocupa, segundo o estudo, é a Sul. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a ocupação de leitos de UTI tem estado próximo ou acima de 100% durante toda a semana.
Já na região Norte, onde o número de casos é menor, a preocupação é com o a pouca disponibilidade de leitos. Os alertas também já dispararam quanto à situação de Estados como Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Ainda de acordo com o Valor Econômico, a cúpula da Saúde entende que não há muito no momento o que fazer, a não ser estimular a reabertura de hospitais de campanha nos Estados. O governo federal também cogita novas instalações desse tipo já nos próximos dias.
As ações de fechamento e restrições à circulação de pessoas estão nas mãos dos Estados. O governo federal não vai decretar lockdown nacional, escorado em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e também por acreditar que as decisões devem ser tomadas levando em critérios regionais.
Vacinas
Se o cenário para março é assustador, a equipe de Pazuello avalia que depois irá melhorar. A estimativa é que a vacinação começará a se acelerar já em março, com a maior produção do Butantan e da Fiocruz. Em abril, ambos já deverão estar produzindo 1,4 milhão de doses diárias.
Com as diversas vacinas importadas começando a chegar, a expectativa de Pazuello é vacinar 70 milhões de pessoas até o fim de junho./Correio24horas
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