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domingo, 12 de dezembro de 2021

Bolsonaro acompanhado de ministros sobrevoa áreas atingidas pelas chuvas no interior da Bahia


O presidente Jair Messias Bolsonaro acompanhado de ministros pousou por volta das 11 horas da manhã deste domingo (12), no Estádio Barbosão, no bairro Novo Prado em Itamaraju. 

O presidente chegou a bordo de um helicóptero das Forças Armadas e foi recepcionado pelo prefeito Marcelo Angênica e outras autoridades. Uma multidão acompanhou a chegada de Bolsonaro a Itamaraju. 

Em carro aberto, o presidente junto com os ministros seguiram para o Centro de Capacitação Regional de Itamaraju aonde se reuniu com a defesa civil nacional antes de embarcar na aeronave  para sobrevoar as áreas atingidas pelas chuva. 

Até agora o presidente não falou qual ajuda será destinada aos desabrigados pela cheia que atingiu várias cidades do extremo sul da Bahia. 

Vejamos; 

Na última sexta-feira (10), o Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), reconheceu a situação de emergência em 17 cidades do sul da Bahia atingidas por fortes chuvas. A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). 

A medida foi tomada por procedimento sumário, que ocorre em casos de desastres de grandes proporções e com base apenas no requerimento e no decreto de emergência ou de calamidade do estado ou do município. O objetivo é acelerar as ações federais de resposta. 

Nessa quinta-feira (9), duas equipes do Grupo de Apoio a Desastres (Gade) foram enviadas ao sul do estado para dar apoio aos municípios atingidos nos pedidos de reconhecimento de situação de emergência e de repasse de recursos. Os técnicos já visitaram ou estabeleceram contato com as cidades de Jucuruçu, Medeiros Neto, Itamaraju, Teixeira de Freitas, Vereda, Prado, Guaratinga, Eunápolis, Macarani, Itabela e Itanhém. 

O governo informou que para essas localidades, a prioridade são as ações de socorro à população e os planos de trabalho de assistência humanitária. A Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS) também está prestando apoio para fortalecer as ações de saúde na região. 

 Com 65 mil habitantes, o município de Itamaraju registrou as três mortes. Além disso, 180 pessoas estão desabrigadas e 300, desalojadas. Neste momento, a cidade está alagada e necessitando de colchões, cobertores e materiais de limpeza e de higiene pessoal, além de contenção de encostas e recuperação de estradas rurais, ruas e casas do município. 

A cidade de Teixeira de Freitas, que conta com uma população de 160 mil habitantes, também está com alagamentos e o asfalto cedeu em algumas ruas. Seis casas desabaram, deixando uma pessoa ferida, e ainda há ameaça de mais desabamentos. 

Já em Jucuruçu, que tem 10,9 mil habitantes, o problema é a falta de acesso a diversas comunidades do interior do município e escassez de água e alimentos. Também há relatos de pessoas desaparecidas e desabrigadas. 

Em Medeiros Neto, a situação é a mesma. Cerca de mil dos 24 mil habitantes estão desalojados. Além disso, quatro casas desabaram, o rio da cidade continua subindo e uma represa corre risco de romper e desaguar no rio Alcobaça. Até uma agência bancária inundou e ficou completamente inoperante. Neste momento, a prefeitura está comprando alimentos e água para os desabrigados e os moradores estão sendo retirados em botes, mas muitos apresentam resistência para deixar suas casas. 

Na cidade de Guaratinga, a chuva afetou 2,4 quilômetros de estrada de terra e isolou povoados. Com 20 mil habitantes, o município destinou escolas para abrigar famílias. Mulheres grávidas em trabalho de parto também necessitam de ajuda urgente no município. 

Já em Vereda, que tem 6,5 mil habitantes, a prefeitura está retirando quem mora às margens no rio da cidade e, em Eunápolis, 92 famílias também estão sendo resgatadas em razão do risco de deslizamento próximo às residências. Ainda em Eunápolis, foi montada uma base para fornecer auxílio remoto aos municípios de Guaratinga e Jucuruçu. 

Já em Prado, o principal problema é o isolamento de dez comunidades depois que seis pontes e estradas da região ficaram completamente destruídas. Neste momento, não há acesso ao local, tendo em vista que o deslocamento terrestre é inexistente e o aéreo, com helicóptero estadual, é inviável em virtude das condições de navegação. O mesmo ocorreu em Macarani, que está com três pontes destruídas e outras interditadas, além de muitas pessoas desabrigadas e desalojadas. 

A maioria dos municípios relata ainda dificuldade no acesso à internet e falta de energia elétrica, o que tem atrapalhado a comunicação com as defesas civis locais.

O Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) passou a operar em alerta máximo, no nível vermelho, em razão da previsão para as próximas 24 horas./bahiaextremosul

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