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quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Jornalista Athylla Borborema lança biografia do artista plástico Frans Krajcberg nesta sexta-feira (17) em Teixeira de Freitas


Mucuri: Para encerrar as comemorações do centenário de nascimento do artista plástico brasileiro Frans Krajcberg – acontece na noite desta sexta-feira, dia 17 de dezembro, a apresentação da biografia da trajetória do escultor em sessão solene da ATL – Academia Teixeira de Letras, no plenário da Câmara Municipal de Teixeira de Freitas. O livro trata-se de uma biografia não autorizada, intitulado “Frans Krajcberg: o poeta da árvore”, Editora LURA (SP), com 450 páginas, demorou 5 anos para ficar pronto e é de autoria do jornalista Athylla Borborema que acompanhou o percurso do biografado desde 1989 e manteve uma interlocução pessoal com o artista nos seus últimos 17 anos de vida. 

O livro será lançado em celebração ao centenário de Frans Krajcberg (1921/2021) na sessão solene de final de ano da Academia Teixeirense de Letras, a partir das 19h. Qualquer pessoa pode acompanhar a sessão de homenagem e adquirir o exemplar da obra. O evento vai comemorar o aniversário de nascimento do artista plástico Frans Krajcberg e vai encerrar as comemorações ao seu centenário que ocorreram em várias capitais e cidades do Brasil e do mundo neste ano de 2021 em virtude da grande importância que o artista representava e que até hoje suas obras representam. Ele será homenageado, portanto, com a biografia “Frans Krajcberg: o poeta da árvore”, escrita pelo jornalista e presidente da ATL, Athylla Borborema. 

O livro “Frans Krajcberg – O poeta da árvore” é uma obra biográfica em homenagem aos 100 anos de nascimento do escultor Frans Krajcberg, que representa o retrato de uma arte singular, tanto que na sua época foi considerado como um dos 10 artistas mais influentes do planeta e outorgado inúmeras vezes por países da Ásia, da Europa e das Américas como o maior escultor do mundo. Esta “biografia não autorizada” do escultor Frans Krajcberg é mais do que um livro sobre a vida e obra do artista, é um tratado sobre as lutas, as derrotas e as conquistas de quem nunca se deixou abater. Nasceu na Polônia, mas nunca quis se considerar polonês. Declarava que a Polônia havia tirado tudo de mais importante da sua vida, matou toda a sua família. Um artista que nunca se deixou abater, seja pela indiferença dos governos ou pela ignorância da humanidade. 

Krajcberg escolheu o Brasil para chamar de lar. Mas não uma cidade qualquer. Queria estar perto da vida que pulsava, da natureza que considerava única. Escolheu Nova Viçosa, uma cidade litorânea da região extremo sul da Bahia, conhecida por praia dos mineiros, goianos e brasilienses, com uma das belezas naturais mais encantadoras do hemisfério sul, munida de sedutoras praias sob a restinga, manguezais e a mata nativa. Frans Krajcberg foi naturalizado brasileiro em 1957. O artista plástico faleceu no dia da Proclamação da República, no Hospital Samaritano, no dia 15 de novembro de 2017, na cidade do Rio de Janeiro. Suas cinzas estão depositadas no tronco de madeira que sustenta a sua Casa da Árvore no Sítio Natura em Nova Viçosa, no extremo sul da Bahia. 

Frans Krajcberg era um brasileiro de alma, baiano por opção, novaviçosense de coração, cidadão do mundo, construiu uma trajetória singular pela sua luta em defesa da vida, foi capaz de unir arte e meio ambiente num trabalho que foi além do encantamento. Frans Krajcberg resiste os traumas da infância, combate a guerra, persiste após o holocausto que fora vítima toda sua família, tolera a vulnerabilidade ao chegar ao Brasil em 1948, abraça seu espaço em Nova Viçosa em 1972, debela o fogo, afugenta o ladrão de madeira, espanta o desmatador, cinge a floresta, enxota o falsário de obra de arte e quem mais o queria fora de combate. O escultor foi um artista em defesa do meio ambiente pela arte por transbordamento, a trajetória pessoal do artista plástico colocou-o em defesa da vida. Krajcberg só reencontra a humanidade quando já é um artista reconhecido, consagrado. 

Frans Krajcberg era um artista plástico, pintor, escultor, gravador, escritor e fotógrafo singular, cujas imagens que produziam falavam por si só, ele se definia mais como ambientalista do que como artista. No Brasil, elaborou 11 manifestos nacionais, mais de 50 gritos públicos, publicou 14 livros, recebeu mais de dois mil prêmios, cerca de 50 livros e pelo menos 32 documentários e filmes foram produzidos no Brasil e em vários outros países do mundo em sua homenagem. Enfim, se tornou um artista requisitado e prestigiado em todo mundo, sua vida ganhou documentários, filmes, honrarias e agora, uma bela biografia, escrita pelo jornalista Athylla Borborema, um dos textos mais refinados da Bahia e um artista das letras com uma trajetória de superação semelhante à de Frans Krajcberg. 

Durante a sessão solene da ATL, será lançado também o primeiro romance do jornalista e acadêmico Almir Zarfeg. Trata-se da obra “Estação 35”, que tem como pano de fundo a EFBM - Estrada de Ferro Bahia Minas, que durante 85 anos transportou o progresso entre o porto de Ponta de Areia em Caravelas até a cidade de Araçuaí, no médio Vale Jequitinhonha. A locomotiva foi desativada em 1966, mas, 55 anos depois, reaparece imponente no romance de aventura e suspense de Almir Zarfeg, produzido com base no longa-metragem “De uma Ponta à Outra” de Athylla Borborema. 

A programação da ATL ainda envolve o lançamento do Prêmio Castro Alves de Literatura 2022 e uma homenagem aos 30 anos da licenciatura plena do curso de letras do Campus X em Teixeira de Freitas da UNEB - Universidade do Estado da Bahia. Haverá ainda uma homenagem aos confrades e confreiras que tiveram seus trabalhos literários selecionados para o Prêmio OffFlip 2022, que acontece durante a FLIP - Festa Literária Internacional de Paraty, no estado do Rio de Janeiro./Liberdadenews/Ascom

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