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quinta-feira, 16 de junho de 2022

Bahia registra primeiro caso suspeito da varíola dos macacos

A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) registrou na tarde desta quarta-feira (15), o primeiro caso suspeito de varíola dos macacos no estado. 

De acordo com a Sesab, os centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) de Salvador e o da Bahia acompanham o primeiro caso suspeito da doença causada pelo vírus Monkeypox. 

O homem mora em Salvador e está internado em um hospital particular da capital baiana. Ele apresentou sintomas como febre alta de início súbito, adenomegalia e erupção cutânea. 

A amostra foi enviada ao Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA), que encaminhou para a referência nacional. Ainda não há previsão de resultado laboratorial. 

Monkeypox é uma zoonose viral, do gênero Orthopoxvirus, da família Poxviridae, que se assemelha à varíola humana, erradicada em 1980. A doença cursa com febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão. 

A infecção é autolimitada com sintomas que duram de duas a quatro semanas, podendo ser dividida em dois períodos: invasão, que dura entre zero e cinco dias, com febre, cefaleia, mialgia, dor das costas e astenia intensa. 

A erupção cutânea começa entre um e três dias após o aparecimento da febre. A erupção tem características clínicas semelhantes com varicela ou sífilis, com diferença na evolução uniforme das lesões. 

Primeiro caso no Brasil 

A infecção viral já se espalhou por mais de 30 países, incluindo o Brasil. O primeiro caso de varíola dos macacos no país foi confirmado na cidade de São Paulo. 

O paciente, um homem de 41 anos que viajou à Espanha, segundo país com o maior número de casos da doença, foi colocado em isolamento no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na Zona Oeste da capital. 

Mudança de nome 

Após mais de 1.600 casos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) está colaborando com especialistas para adotar um novo nome para a varíola dos macacos. 

A iniciativa ocorre depois que mais de 30 cientistas escreveram na semana passada sobre a "necessidade urgente de um (nome para a doença e para o vírus) que não seja discriminatório nem estigmatizante". 

Para o grupo de pesquisadores, que sugeriu o nome hMPXV, há também diversas referências incorretas e discriminatórias ao vírus como sendo africano. 

A doença matou 72 pessoas em países onde ela é considerada endêmica (presente numa região de forma permanente, com números constantes por vários anos), como áreas de floresta tropical na África Central e na África Ocidental./G1

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