O radialista Edmilson Cândido Matos será enterrado em Portugal. A decisão é de familiares dele, que moram em Vila Resende, um bucólico lugarejo do município de Itanhém, os quais não têm condições de fazer o translado do corpo para o Brasil.
O radialista, que há cerca de 10 anos trabalhava como taxista em Portugal, foi morto a facadas durante a madrugada da última quinta-feira, na freguesia Rio de Mouro, na cidade de Sintra, que fica a 40 minutos de Lisboa, capital do país. Freguesia seria bairro na tradução mais próxima da língua portuguesa praticada aqui no Brasil.
“A família está achando melhor que seja resolvido lá mesmo, ser enterrado lá mesmo, porque a minha mãe está sofrendo muito com isso e ela mesma achou que é melhor enterrar lá mesmo porque, se trouxer, ela vai sofrer muito mais ainda e todo mundo da família está falando que é melhor deixar como está”, explicou Edileusa Cândido Matos, irmã do radialista.
Inicialmente familiares procuraram o prefeito de Itanhém, Mildson Medeiros que, no primeiro momento, até se colocou à disposição, mas efetivamente, nada resolveu. Quem fez o contato com o prefeito foi Raiza Rejane de Souza Nonato, que é mãe de dois sobrinhos do radialista. Ela disse que a família não tem condição de arcar com os gastos, que é em torno de R$ 40.
"Esse foi o último contato que tive com Mildson", disse Raiza, referindo-se ao print da conversa que teve com o mandatário. "Depois eu mandei outras mensagens, mas ele não responde", completou, destacando que também tentou, sem êxito, falar com Eliane Araújo, que é secretária da Assistência Social e primeira-dama do município e até com o filho do prefeito. "Eles não importam com a dor do próximo", finalizou./Aguapretanews
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