A Polícia Federal (PF) descobriu que alguns personagens da Operação Lava Jato evitavam ligações convencionais e preferiam mensagens criptografadas do BlackBerry (BBM), diálogos via Skype ou a troca instantânea de dados por Whatsapp. Mas apesar de acreditarem que codinomes e programas diferentes evitaria que fossem grampeados, o plano não deu certo.
A PF conseguiu autorização judicial para interceptar em tempo real os dados trocados e, com isso, descobriu que por trás de apelidos como Primo, Asterix, Obelix e Bat Fatalic estavam, respectivamente, os doleiros Alberto Youssef, Carlos Chater, Raul Srour e Nelma Kodama — todos presos.
As informações estão em documentos da Lava Jato, deflagrada para apurar esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado de forma suspeita R$ 10 bilhões. Apesar de os papéis não deixarem explícito que diálogos no Whatsapp também foram monitorados nessa operação, a Folha de S. Paulo apurou que a PF, se autorizada pela Justiça, também consegue acessar dados trocados por esse tipo de tecnologia.
O próprio juiz federal Sérgio Moro, que autorizou a quebra de e-mails e BBMs, destacou serem necessários "métodos modernos de investigação, como a interceptação telemática" para elucidar as transações dos doleiros que "se dão essencialmente pelo Skype e Messenger".
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