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terça-feira, 15 de abril de 2014

Em iminência de greve, Polícia Militar analisa propostas de Wagner

Às vésperas de uma assembleia geral que pode determinar uma greve e após a reunião com o governador Jaques Wagner, a Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia – Força Invicta e demais associações representativas de PM, enviou uma nota  informando que "todas as entidades encontram-se recolhidas para junto com  seus setores jurídicos , examinarem  e analisarem cada proposta apresentada pelo governador. Também visando congregar os Oficiais para a Assembleia Geral Conjunta que acontece na próxima terça-feira (15), às 15h, no Wet'n Wild na Avenida Paralela, a Força Invicta estará realizando uma Assembleia Geral Extraordinária segunda-feira (14), no Clube dos Oficiais, apenas com os Oficiais".

Na reunião de sexta-feira (11), o governador Jaques Wagner apresentou propostas de restruturação da Polícia Militar e Bombeiros Militares. De acordo com o texto apresentado para as entidades representativas, o governo destacou o novo processo de promoção de praças e oficiais; emancipação do Corpo de Bombeiros; Código de Ética; aposentadoria especial para as policiais militares femininas; criação de novas unidades na PM e no Corpo de Bombeiros, mas outros pontos que deixaram de ser atendidos ascende o sinal vermelho da tropa.
Por meio de nota conjunta enviada para as entidades representativas da categoria  se mostraram decepcionadas com os pontos que deixaram de ser atendidos e elencou o lado positivo.

PONTOS NEGATIVOS:

1. Infelizmente o governo não apresentou a proposta sobre remuneração;
2. A lei continua sendo desrespeitada em relação aos policiais e bombeiros militares inativos e viúvas, no que se refere a paridade salarial entre ativa e reserva;
3. O art. 47 da Constituição Estadual que estabelece isonomia entre as carreiras do sistema de Segurança Pública não está sendo respeitado;
4. As vagas criadas para dar fluidez à carreira dos oficiais e praças não são suficientes para atingir os objetivos propostos pelas associações;
5. Aumento do interstício do posto de Ten de 04(quatro) para 05(cinco) anos;
6. Quadro Especial de Oficial (atual QOAPM), para Sgt e ST da forma proposta, não atende aos anseios da tropa;
7. Suspensão por até 90(noventa) dias. (É muito tempo para deixar um trabalhador sem salário).

PONTOS POSITIVOS:

1. Independência e emancipação do Corpo de Bombeiros;
2. Reserva remunerada aos 25 anos para as militares estaduais e policiais civis, (não ficou explicitado se contará o “posto imediato” e a contagem em dobro da licença premio não gozada);
3. Fim do curso de formação de cabo;
4. Fim da penalidade de cerceamento da liberdade.
 
Instituído pelo Governador Jaques Wagner, e presidido pelo secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, o grupo que atuou no desenvolvimento dos pontos foi composto por representantes das associações de policiais militares e bombeiros, da Polícia Militar, da Casa Civil, da Secretaria da Administração, da Procuradoria Geral do Estado e da Assembleia Legislativa da Bahia.

Deputados estaduais tentam evitar greve

Em reunião realizada no último dia 9, a Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa da Bahia buscou intermediar as conversas entre Wagner e as entidades que representam a categoria como Força Invicta, da Associação dos Policiais da Reserva.
 
As entidades querem a reformulação do Estatuto da Polícia Militar e da Lei Orgânica Básica. Segundo o presidente da Comissão, deputado Capitão Tadeu (PSB), as maiores reivindicações da categoria é o plano de carreira. Segundo o pessebista que conversou com a repórter Cintia Kelly, há possibilidade de greve é iminente. “Há insatisfação. O clima é de greve, mas vamos com a  Comissão intermediar isso com o governador”, assinalou Capitão Tadeu.

O dia D

No próxima terça-feira (15), os policiais irão se reunir para discutir as propostas do governo e anseios da categoria. Considerado o dia D, a possibilidade de uma greve que abala a segurança pública já causa temor na população e remete a capital baiana à última paralisação realizada pela Polícia Militar.
Em 31 de janeiro de 2012, a Polícia Militar do Estado da Bahia decretou uma greve que durou 12 dias, cujo QG dos grevistas foi a Assembleia Legislativa, que ficou ocupada durante todo o protesto. Foram registrados 172 homicídios em Salvador e na região metropolitana neste período. Na época, a categoria reivindicava a criação de um plano de carreira, pagamento da URV e melhores condições de trabalho./ Bocão News,

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