Franthesco Guarnierri e Jéssica Sabaraense falam sobre o início do relacionamento e as experiências que viveram do outro lado do mundo
Coloque um encontro, adicione algumas conversas, uma pitada de troca de olhares e ‘voilà’ – está aí uma linda história de amor. A bauruense Jéssica Sabaraense e o baiano Franthesco Guarnierri precisaram viajar para o outro lado do mundo para se encontrar e, assim, formar uma família. E é sobre isso que os dois modelos falam com o Social Bauru nesta entrevista. Jéssica e Franthesco relembram o primeiro beijo, comentam as dificuldades do relacionamento e falam sobre as mudanças de planos e a volta ao Brasil – tudo enfrentado com muito bom-humor e companheirismo que nos fazem acreditar no verdadeiro amor. Confira:
Vocês estavam a trabalho na China?
Jéssica: Voltei para China em maio de 2012 e Franthesco morava lá há algum tempo já. Nos conhecemos na balada. O primeiro encontro foi supernormal, minha roomate (colega de quarto) nos apresentou e acabamos virando bons amigos. Nesta balada, o DJ tocava música brasileira e eu e o Franthesco, sempre que possível, dançávamos juntos. Fomos ficando muito próximos neste dia e já começamos a nos olhar diferente. Aí no dia seguinte tivemos um desfile na balada e no final, ele me disse que nossa amiga russa estava me chamando… pura mentira, mas eu acreditei pois ela trabalhava lá e pensei que iria fazer o nosso pagamento. Quando cheguei ao escritório, ela não estava… Ele meio tímido ficou me olhando e nos beijamos. Depois disso, a amizade ganhou cor! (risos).
Vocês ficaram muito tempo morando lá?
Franthesco: Tudo aconteceu muito rápido e quando demos conta estávamos viajando juntos.
Jéssica: E por causa da vida de modelo, infelizmente, não sabíamos se voltaríamos a nos ver. Porém, já estávamos mais envolvidos do que parecia, estávamos apaixonados e nem sabíamos! (risos). Nas duas primeiras semanas em Shanghai eu pedia folga nos finais de semana pra poder visita-lo, enquanto ainda estava na China. Como Shanghai é um pouco longe de Ghangzhou, eu ia de avião pra podermos passar mais tempo juntos. Já na terceira semana não precisou desse sacrifício, ele chegou de mala e cuia… Acho que não conseguia mais viver sem mim né? (risos).
Franthesco: Moramos em Shanghai e lá surgiu a oportunidade de fazer um trabalho aqui no Brasil. Como eu já estava há algum tempo longe de casa, não pensei duas vezes em aceitar. A Jéssica ficou em Shanghai trabalhando muito – foi uma época muito boa, em que era fotografada todos os dias.
Imagino que tenham vivido muitas experiências únicas. Conseguem citar algumas?
Jéssica: Muitas mesmo, citarei algumas porque todas daria um livro! (risos). Conviver com pessoas de várias nacionalidades, os amigos pra vida toda que ganhei, os lugares incríveis que tive a oportunidade de conhecer, pontos turísticos, hot Springs, ilhas paradisíacas e praias. Mas, como a vida fica bem melhor quando você passa a dividi-la com alguém, vou contar alguma experiência legal minha com o Thesco, de quando estávamos viajando. No dia do aniversário dele, eu o presenteei com uma cesta enorme, cheia de guloseimas, e um cachorrinho de verdade dentro, que demos o nome de Billy.
E ele nos uniu ainda mais na época. Outra boa lembrança foi no meu aniversário. Um dia antes eu tive que viajar pra fazer um trabalho na Ilha de Sanya, então ia passar meu aniversário longe dele. Eu estava com uma amiga e ela acabou comentando com os clientes que seria meu aniversário – e eles quiseram me presentear. Então minha amiga disse que eu iria gostar de tê-lo comigo naquela ilha. Avisaram o Franthesco, compraram a passagem e, no meio do meu trabalho, ele chegou. Essa ficará pra sempre na memória.
Mas experiência única mesmo foi o nascimento da Lindsay, que é a melhor coisa que aconteceu em nossas vidas!
Quando decidiram que iriam voltar para o Brasil?
Jéssica: Quando decidi voltar para o Brasil, o Franthesco já havia voltado, pois tinha um trabalho aqui.
Franthesco: Fui para Bahia pra fazer o trabalho, como príncipe em um aniversário de 15 anos. Como os meus pais eram divorciados, revi primeiro a minha mãe, pois o trabalho era na cidade dela. Mas, quando eu estava próximo de ir visitar o meu pai, ele faleceu de uma forma trágica. Minhas ultimas palavras com ele foram por telefone. Na época eu pretendia voltar logo para fora do país, mas não consegui, pois meu psicológico estava muito abalado. Como era final de ano, a Jéssica resolveu voltar para o Brasil para passar o Natal com a família, depois foi para Ilhéus para passarmos o Réveillon juntos. Fiquei muito feliz com a visita.
Jéssica: Eu já queria voltar pra ver o nascimento da minha sobrinha, porém estava numa época financeira muito boa lá e os clientes queriam adiar minha passagem. Mas meu sogro faleceu, antes mesmo de eu conhece-lo, e eu decidi voltar, pois queria ficar perto do Franthesco neste momento. Voltei, vi o nascimento da minha sobrinha, passei o Natal com minha família e o Ano-Novo com ele.
Franthesco: Passamos o Ano-Novo juntos e ela conheceu minha família. Então, fomos para Bauru pra eu conhecer a família dela, só que, faltando algumas semanas para sairmos do país descobrimos que ela estava grávida, e achamos melhor ficar em Bauru para ter nossa filha.
Jéssica: A emoção ao nos reencontrarmos foi tanta que no primeiro dia do ano fizemos nossa princesa, porém, não sabíamos… Pois ela não foi planejada, ela foi esperada. Esperei e Deus me mandou esse presente. Estávamos com contrato assinado, faltando algumas semanas pra voltarmos à China, até que eu senti que estava grávida. Fiz o teste e estava com 22 dias de gestação! (risos). Como passei a ter muitos enjoos, decidimos cancelar o contrato e fazer o pré-natal aqui. Trabalhei como modelo até o quarto mês de gestação. Sou uma mãe super protetora, então depois que eu tive a Lindsay, demorei quase 11 meses pra trabalhar novamente. O primeiro trabalho depois dela foi para uma loja aqui em Bauru e o segundo foi para o SBFS2014. Desde então, ganhei muitos clientes e voltei a exercer essa profissão que tanto amo.
Franthesco, como foi o início aqui na cidade?
Franthesco: Foi tranquilo me adaptar ao ritmo da cidade, pois acabei me identificando. Eu nasci em Jucuruçu, em uma pequena cidade do Extremo Sul Baiano, fui criado em Teixeira de Freitas e comecei a trabalhar como modelo profissional quando morava em Belo Horizonte. Lá eu desfilei pra vários estilistas conceituados da moda brasileira e aí surgiu minha primeira proposta de ir modelar internacionalmente em Paris.
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