O estudante Rafael Monteiro Esteves, 23 anos, morreu nesta quinta-feira (11), no Hospital São Lucas, no município de Itabuna, Sul da Bahia, onde estava internado em estado grave sob suspeita de dengue hemorrágica.
De acordo com Tatiana Pires, coordenadora de endemias da Secretária Municipal de Saúde de Itabuna, já são 2.271 casos notificados de dengue no município em 2016. Os dados são da última quarta-feira (10).
Ainda na quinta-feira, a Secretaria Municipal de Saúde de Itabuna encaminhou amostras de sangue de Rafael para o Laboratório Central da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) para confirmar a causa da morte do jovem.
Uma outra amostra foi encaminhada para um laboratório particular como contraprova. O Departamento de Vigilância Epidemiológica vai aguardar a conclusão dos exames sorológicos.
“Esse caso está em investigação, mas muito provavelmente o foi porque estamos muito bem aparelhados para investigar a dengue. Temos sorologias e os testes que são feitos quase que imediato, já que elas têm o teste rápido, o teste confirmatório e têm a capacidade de notificar com a relativa correção de que o caso identificado de dengue o foi”, afirmou o sub-secretário de Saúde da Bahia, o infectologista Roberto Badaró.
Rafael foi internado no Hospital São Lucas na última quarta-feira (10), apresentando estado febril. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o estudante tinha um quadro de anemia, que foi constatada após uma avaliação médica. Ele foi medicado e liberado em seguida na unidade de saúde.
Entretanto, o quadro de Rafael se agravou nas primeiras horas da manhã de quinta-feira, quando ele retornou a unidade de saúde onde ficou internado e morreu por volta das 12h30. A Secretaria Municipal de Saúde adotou procedimento padrão para a investigação de casos semelhantes ao do estudante, enviando técnicos ao hospital para ver o prontuário médico do paciente e recolhendo amostras de sangue para exames laboratoriais através do isolamento do agente ou métodos sorológicos.
A Direção Técnica do Hospital São Lucas, por meio de nota, informou que adotou toda assistência prevista no protocolo de Emergência Clínica para Dengue Hemorrágica e que solicitou, inclusive, uma vaga em CTI. Conforme a unidade de saúde, não havia registro em prontuário de sintomas que alertassem para dengue hemorrágica no quadro do paciente, nem mesmo relato algum por parte de paciente e/ou acompanhante apontando para a presença de sangramentos e hemorragias.
Ainda de acordo com o hospital, não há registro de outras admissões recentes deste paciente na Unidade Hospitalar. A Direção Técnica do Hospital São Lucas informou também que está operando há pouco mais de 2 meses no máximo de sua capacidade instalada./Correio
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