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quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Em pronunciamento, Marcelo Nilo se defende da suspeita de crimes eleitorais


“Hoje é o dia mais difícil da minha vida”. Foi assim que o deputado estadual Marcelo Nilo definiu as buscas e apreensões realizadas em sua residência e gabinete, iniciadas na manhã desta quarta-feira, 13, que investigam crimes eleitorais envolvendo o deputado e a empresa Bahia Pesquisa e Estatística LTDA (Babesp). A frase foi dita em pronunciamento na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), casa da qual o parlamentar foi presidente.

No discurso, Nilo foi enfático ao afirmar que não há sentido nas suspeitas levantadas pela Polícia Federal (PF) e Ministério Público Eleitoral (MPE) sobre ele manipular as pesquisas do instituto sobre intenção de voto ou a possibilidade dele ser proprietário da Babesp. “A Bahia é testemunha que, em 2014, o único instituto que informava, que noticiava, que a vitória [ao cargo de governador do Estado] seria de Rui Costa (PT) foi a Babesp, contra, inclusive, informações do famoso Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope). Ou seja, os resultados mostraram e mostram que não existia manipulação”, disse.

O parlamentar completou dizendo que não é dono da Babesp, e que foi apenas cliente do instituto. “Foi uma violência inonimável. Foi uma violência contra um parlamentar de 28 anos de vida pública. Dez anos como presidente da AL-BA e nunca um parlamentar, nunca o Ministério Público, nunca a imprensa denunciaram qualquer desvio de recursos públicos”, explica.

O deputado estadual ainda disse que suspeitas similares à essas já haviam sido cogitadas na “Justiça comum”, mas foram arquivadas. “Havia o mesmo caso no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, algo similar, onde o desembargador federal negou, inclusive, quebra de sigilo telefônico e o processo foi arquivado.A Justiça Federal arquiva e a Eleitoral faz um constragimento desse que eu não desejo ao meu pior inimigo, se eu tivesse algum”, afirma, exaltado.

Nilo ainda discorre sobre um outro processo na PF. “Outro projeto similar corre na PF e na última segunda-feira, 11, quando tomei conhecimento que esse processo, que começou há 3 anos, estava ouvindo diretores, sócios e ex-sócios da Babesp, eu me prontifiquei através do nosso advogado que eu queria ser ouvido pela PF porque a vida pública, os homens públicos, além de mostrar que somos honestos, nós também temos que demonstrar para a sociedade que somos honestos”, completou o parlamentar.

Marcelo Nilo concluiu o pronunciamento dizendo que vai continuar o trabalho com dignidade e cabeça erguida. “Sou homem sério, honrado, pai de três filhas e avó de uma neta, que trabalhei durante 38 anos, como estagiário, engenheiro da Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. (Embasa), presidente da Embasa e deputado”.


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Após o discurso, alguns parlamentares defenderam Marcelo Nilo das suspeitas, entre eles o deputado estadual Pastor Sargento Isidório (Avante), que citou alguns trechos da Bíblia. “Nada vai dar paz à família a não ser Deus, mas a Bahia e essa casa conhecem o patrimônio histórico que Vossa Excelência reuniu como deputado de oposição. Foi dado à Vossa Excelência um patrimônio de vida, histórico, de poder dividido com a sociedade. Independente de nossas religiões, vamos estar orando para que Deus dê sabedoria à Vossa Excelência e aos órgãos de controle, como a polícia, para que a verdade venha à tona”, disse./A Tarde)

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