Uma carta está sendo
distribuída à comunidade de Itanhém por professores e demais trabalhadores da
rede municipal de ensino, os quais, em assembleia na manhã desta quinta-feira
(7) decidiram que só vão encerrar a greve quando o pagamento do mês de novembro
for efetuado. Esta já é a terceira vez consecutiva que os profissionais da
educação – além de outras categorias – reclamam de atraso nos vencimentos.
Na carta os professores
informam os motivos da paralisação e citam o “descaso da administração da
prefeita Zulma Pinheiro (PMDB), que vem atrasando salários e cortando direitos
adquiridos da categoria”.
A decisão de paralisar já
havia sido tomada em assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do
Estado da Bahia (APLB), ocorrida no dia 8 do mês passado, na Escola Simplício
Binas. Quatro vereadores, que fazem oposição à prefeita participaram desta
reunião.
O secretário da Educação,
Álvaro Pinheiro, que é irmão da prefeita Zulma Pinheiro participou da
assembleia e disse que os professores não receberam porque “não havia recurso
financeiro na data e que o pagamento só estará disponível no próximo sábado
(9)”.
A administração municipal tem
sido alvo de críticas dos vereadores que fazem oposição à prefeita Zulma
Pinheiro, especialmente em relação à contratação de empresas e serviços.
Veja, na íntegra, a carta dos
trabalhadores em educação à comunidade de Itanhém:
Nós, PROFISSIONAIS DA
EDUCAÇÃO MUNICIPAL, dirigimo-nos a comunidade de Itanhém – BA, para informar os
motivos que nos levaram a PARALISAR as atividades educacionais. Inicialmente,
afirmamos que não foi desejo da categoria PARALISAR, pois prezamos por um
ensino de qualidade e pela honra dos nossos compromissos.
Entretanto, fomos
obrigados devido o descaso da Gestão com a categoria, que vem atrasando os
salários e cortando direitos adquiridos. Como é de conhecimento de todos, todas
as nossas CONQUISTAS foram a base de muitas lutas e greves, junto aos Gestores
Municipais. Entre elas citamos.
Organização salarial da
categoria dos professores, com valorização da sua formação acadêmica,
quinquênio… ; Eleição para gestores
escolares de forma democrática com participação da comunidade;
Cumprimento parcial da Lei do
Piso Salarial Nacional; Temos uma educação mais organizada e participativa, mas
temos muito que avançar.
Nossa luta agora é que todos
os PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO sejam valorizados e que seus direitos sejam
garantidos. Temos buscado junto aos atuais gestores o cumprimento da Lei
94/2008 (Plano de Cargos e Salários do Magistério Municipal), porém até o
momento não foi realizado nenhum ACORDO.
NOSSAS REIVINDICAÇÕES:
Pagamento sem atraso;
Garantia de pagamento do 13º
e 1/3 de férias referentes a 2017 nas datas devidas; Melhoria no transporte
escolar;
Publicação do Parecer do
Conselho Municipal da Educação, que regulamenta a implementação da Lei do Piso,
no que tange a Reserva de 1/3 da Jornada para Trabalhos Técnicos;
Valorização Salarial dos
Servidores Integrantes do Magistério do Grupo Ocupacional Administrativo
(Secretários, Merendeiras, Auxiliares de Serviços Gerais e Vigilantes), com
percentuais de quinquênio, gratificação por porte de escola, insalubridade,
adicional noturno, entre outras vantagens e direitos, que possam garantir sua
segurança na efetivação do trabalho;
Publicação dos contratos
especiais de trabalho temporário. Pedimos o seu APOIO À NOSSA LUTA, porque a
defesa da educação cabe a todos, categoria, pais, alunos, enfim, à toda
comunidade./aguapretanews
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