A procuradora-geral da
República, Raquel Dodge, denunciou o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) e
o irmão dele, o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), pelos crimes de
lavagem de dinheiro e associação criminosa no caso do “bunker” dos R$ 51 milhões.
Apesar de a peça não acusar
os peemedebistas de corrupção, a chefe do Ministério Público Federal (MPF) põe
propinas da Odebrecht, esquemas de devolução de salários dos servidores da
Câmara, pagamentos do operador financeiro Lúcio Funaro e desvios relacionados
ao “Quadrilhão do PMDB” na Câmara como possíveis origens para as caixas e malas
de dinheiro encontradas pela Polícia Federal no apartamento em Salvador ligado
aos peemedebistas.
Bunker
A Operação Tesouro Perdido
partiu de uma denúncia anônima feita por telefone no dia 14 de julho de 2017. O
apartamento em Salvador onde foram encontrados os R$ 51 milhões pertence ao
empresário Silvio Antonio Cabral Silveira, que admitiu às autoridades ter
emprestado o imóvel ao deputado Lúcio Vieira Lima, a pretexto de guardar bens
do pai do peemedebista, já falecido.
Na montanha de notas de R$
100 e R$ 50 encontrada no apartamento, há digitais: do ex-ministro; de seu
aliado Gustavo Pedreira Couto Ferraz, ex-diretor da Defesa Civil de Salvador; e
do assessor de Lúcio, Job Ribeiro Brandão. Além disso, também foi achada uma
fatura com o pagamento da empregada do parlamentar.
Job resolveu colaborar com as
investigações e tem feito tratativas para firmar acordo de delação premiada com
o MPF. Seus depoimentos agravaram a situação dos peemedebistas perante a
Justiça. Ele disse que devolvia 80% do salário aos irmãos, além de contar e
guardar dinheiro vivo em grandes quantidades para o ex-ministro e para o
deputado federal.
O homem de confiança dos
peemedebistas foi preso no dia 16 de outubro, mesma data em que o gabinete de
Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) na Câmara dos Deputados foi alvo de busca e
apreensão.
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