O advogado do deputado
federal Paulo Maluf (PP-SP) Ricardo Tosto afirmou nesta quinta-feira (21) que a
saúde do parlamentar está em situação grave e que ele precisa de ajuda até para
ir ao banheiro.
Maluf está preso
provisoriamente em São Paulo e aguarda sua transferência para Brasília. Segundo
Tosto, a viagem acontecerá nesta sexta-feira (22) ou na terça (26), após o
Natal.
A ministra Cármen Lúcia,
presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), rejeitou pedido da defesa e
manteve a prisão do parlamentar.
"Ele está muito mal.
Isso não é nenhuma estratégia, ele está ruim mesmo", disse Tosto na
Superintendência da Polícia Federal de São Paulo, no bairro da Lapa, na zona
oeste da cidade. "Ele pede ajuda para andar, pede ajuda para levantar
quando vai ao banheiro. Ele está em uma situação grave".
O advogado lembrou que Maluf
passou um tempo sem ir ao Congresso e disse que, em um voo recente, o deputado
não conseguia caminhar até a porta do avião. "Ele sentava um tempo, e aí
um assessor o ajudava a levantar", disse.
De acordo com o advogado,
Maluf também não está bem psicologicamente e se emocionou durante o dia.
"Se esse quadro continuar, ele vai passar Natal e o Ano-Novo longe da
família", afirmou Tosto.
Ele disse que ficou sabendo
que Maluf estava novamente com câncer na próstata na terça-feira (19), logo
após o ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinar que
o deputado comece a cumprir pena em regime fechado.
Em 1997, então com um pequeno
tumor, Maluf fez cirurgia para retirada completa da próstata. Segundo Jorge
Nemer, também advogado de Maluf, um novo câncer nessa região é algo "muito
mais grave".
Nesta quinta (20), ao pedir
para que o deputado fique em prisão domiciliar, a defesa de Maluf mencionou
problemas cardíacos, limitação de movimento, hérnia de disco, além de recentes
sessões de radioterapia para combater o câncer. Ao chegar o IML para exame de
corpo de delito, Maluf caminhou com dificuldades e precisou do auxílio de uma
bengala.
"No passado ele retirou
a próstata e um câncer voltando em uma próstata que não existe é muito mais
grave", disse Jorge Nemer, também advogado de Maluf.
Maluf foi condenado pela
primeira turma do STF a sete anos, nove meses e dez dias de prisão em regime
fechado por crimes de lavagem de dinheiro. Ele também foi condenado à perda do
mandato e ao pagamento de 248 dias-multa no valor de cinco vezes o salário
mínimo vigente à época dos fatos, aumentada em três vezes.
O deputado se entregou na
manhã de quarta (20), após negociação com a Polícia Federal.
A PF foi notificada
oficialmente do pedido de transferência de Maluf na manhã desta quinta e
negocia com autoridades de Brasília a logística da viagem.
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