Casas e câmaras foram queimadas pelo povo revoltado
A casa do prefeito, três
vereadores e a Câmara Municipal, foram invadidas e incendiadas durante protesto
de funcionários públicos que estão com salários atrasados, e também, de
mototaxistas que estariam revoltados com as taxas impostas pelo executivo municipal.
Além da casa do prefeito
Igsson Monteiro (PMDB) , os manifestantes incendiaram a Câmara Municipal da
cidade, depredaram e saquearam a casa de três vereadores e jogaram o carro do
gestor no rio Solimões.
O titular da Delegacia
Interativa de Coari, delegado Luis Fernandes, pediu reforço da PM que enviou,
por volta das 16h (18h no horário de Brasília) desta quarta, para a “Terra do
Petróleo” cerca de 60 policiais militares do Batalhão de Choque. A situação já
está controlada, porém a polícia não descarta novos ataques por parte dos
manifestantes.
De acordo com informações da
Polícia Civil, com informações da Polícia Civil, aproximadamente 400
manifestantes se reuniram na frente da casa do prefeito para protestar contra a
falta de pagamento de salários que se arrasta desde o mês de agosto. Alguns dos
funcionários estariam sem o décimo salário.
A situação saiu do controle e
os manifestantes invadiram as duas casas do prefeito, localizadas no Centro e
no bairro Tauamirim, onde destruíram eletroeletrônicos, móveis, e depois,
incendiaram as residências que ficaram completamente destruídas. Em seguida,
eles incendiaram a Câmara Municipal e saquearam a casa de três vereadores,
Igseu, conhecido como Bat (PMDB), que é presidente da Câmara e irmão do
prefeito, além dos vereadores Passarão (PTC) e Saluciano Junior (PMDB).
Conforme a Polícia Civil,
durante a revolta, um mototaxista foi preso por incitar a violência. Mas ele
foi liberado logo em seguida. O chefe da assessoria de comunicação da Polícia
Militar, major Luiz Navarro, Coari ganhou reforço de policiais militares de
cidades próximas e, também, do Batalhão de Choque. Os policiais deverão
permanecer na cidade até que a situação esteja totalmente controlada.
Um funcionário, que preferiu
não se identificar temendo represálias por parte do prefeito, disse que a
maioria dos funcionários públicos está com o salário atrasado desde o mês de
agosto de 2014. Inclusive até o décimo terceiro salário não foi pago pelo chefe
do executivo municipal. “É uma falta de respeito com os funcionários que
precisam sobreviver e pagar suas contas”, frisou.
Coari é conhecida no Amazonas
como a “Terra do Petróleo” por conta da instalação da Petrobras na cidade.
Embora seja rica no gás e petróleo, Coari é manchada pelos crimes ocorridos na
cidade como corrupção e a rede de prostituição infantil, que era comanda pelo
ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro. Este está preso desde fevereiro do ano
passado, em um Batalhão da PM, em Manaus.
Adail é suspeito de comandar
uma rede de prostituição que envolvia vítimas com idades de 10 a 13 anos de
idades na cidade. Ao menos sete pessoas foram presas e condenadas por
integrarem o grupo de exploração sexual em Coari e Manaus. Adail foi condenado por
favorecimento a prostituição infantil a 11 anos e 10 meses de cadeia em regime
fechado. Mas como corre risco de morte, ele permanece em uma batalhão da PM.
Na última terceira-feira
(13), o ex-prefeito foi condenado mais uma vez por unanimidade pela Corte do
Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), a 1 ano e dois meses em regime aberto,
com pagamento da pena em serviços comunitários, por descumprimento de ordem
judicial.
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