O secretário da Educação de
Itanhém, Álvaro Pinheiro, que é irmão da prefeita Zulma Pinheiro, culpou os
cinco vereadores do Bloco Parlamentar pela falta de recursos para o município
apoiar a segurança pública.
O bloco, que faz oposição à
prefeita, é formado pelos vereadores Whindson Mendes, o Nem Mendes (PP), André
Correia (PHS), Audrey Correia (PR), Deilton Porto, o Caboquinho (DEM) e Luiz
Marcos Vilas Boas, o Marquinhos (PSB).
O secretário participava de
uma discussão em um grupo de WhattApp de Batinga, quando foi questionado sobre
a promessa que a prefeita havia feito durante as eleições municipais de manter
policiamento no distrito.
“Ano passado os municípios
brasileiros tiveram a oportunidade de aumentar suas receitas, encaminhando para
as Câmaras projeto de lei regulamentando a cobrança do ISS (Imposto sobre
Serviços) e que visava regulamentar a cobrança desse imposto sobre os serviços
de cartão de crédito”, explicou o secretário. “E, infelizmente, cinco
vereadores impediram que o projeto fosse aprovado”, destacou.
De acordo com Álvaro
Pinheiro, com a não aprovação do projeto, o município de Itanhém deixou de
receber cerca de R$ 100 mil.
“Será que fazer esse tipo de
política é bom?”, questionou o secretário. “Assim falta recursos até para apoiar
a segurança”, responsabilizou.
No mesmo grupo de WhatsApp o
vereador André Correia disse que o projeto, na verdade, queria cobrar imposto
de pequenos trabalhadores autônomos e não apenas se referia ao uso do cartão de
crédito, como foi dito pelo secretário.
“Tinha muita coisa errada
porque quem iria sofrer era o pequeno, era o cabeleireiro, era a manicure”,
explicou, fazendo indagações ao secretário Álvaro Pinheiro. “Por que esse
cidadão aí que se diz intelectual não diz para onde está indo o recurso dos
impostos que eles aumentaram? Tenho a cópia de um imposto que era R$ 500 e que
passou a ser R$ 1.900. O imposto de transferência de terra municipal triplicou.
A política que eles estão fazendo é para saquear os cofres públicos, porque
eles ficaram 12 anos para entrar na prefeitura e agora estão tendo que repor os
bois que eles venderam”, afirmou.
André Correia disse ainda que
na próxima semana os vereadores do Bloco Parlamentar vão pontuar o que eles
acham errado no projeto.
“O pequeno não pode sofrer.
Já tem muita gente sofrendo. Eles estão sem pagar transporte escolar”, garantiu
o vereador, que também foi duro com o secretário da Educação. “Esse rapaz vai
sair corrido de Itanhém da mesma forma que saiu corrido de Vereda. Procurem
saber da história dele, pois vindo dele não me surpreende porque é um mau
caráter”.
Procurado pelo Água Preta
News o vereador Caboquinho disse que existe muita coisa errada no projeto que o
secretário defendeu no WhatsApp.
“Descobrimos muita coisa errada,
pois eles queriam cobrar valores altíssimos, de modo que o pequeno não iria
conseguir pagar os impostos. Aí pedimos uma audiência pública”, explicou,
desmentindo Álvaro Pinheiro. “Eles disseram que era só o cartão de crédito.
Eles só falam em cartão de crédito, mas não é”.
Caboquinho acredita que deva
ser feito pelo menos cinco emendas no projeto.
FOTO/ItanhemFest: Secretário
da Educação Álvaro Pinheiro, que é irmão da prefeita de Itanhém./Água Preta
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