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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Enfrentando a vida de frente e galgando novos ideais, jucuruçuense ingressa em curso de Medicina pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)


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Parabenizamos o jucuruçuense Caio Rodrigues dos Santos por sua aprovação no curso de Medicina pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Ele é filho da professora Josefina (Vanda) e de Ailton (Tim de Sivaldinho).

Caio estudou todo o ensino fundamental e médio na Escola Estadual Antonio Carlos Magalhães e sempre se destacou por ser centrado e estudioso. Ele, que já é graduado em Enfermagem, tem serviço prestado no município de Jucuruçu, onde já atuou como enfermeiro dos postos de saúde de Monte Azul e na sede do município, além de também ter sido plantonista do Hospital Municipal.

Caio também se destacou à frente da coordenação da Atenção Básica do município de Jucuruçu, onde trabalhou com capacitação de equipes e elaboração de projetos importantes para o município, como o da implantação da equipe NASF. Quem já foi atendido por ele, sabe do profissional comprometido e empenhado que ele é.

Atualmente, Caio também é professor na Faculdade Pitágoras de Teixeira de Freitas, onde atua há quatro anos, desde que deixou o município.

O curso de Medicina na UFSB acontece na modalidade de ciclos: o primeiro, que é básico e interdisciplinar, compreendendo a grande área da saúde e sua relação com humanidades, artes e demais ciências; e o segundo, já específico, compreendendo as particularidades do curso de Medicina. Tal modalidade já acontece há décadas em países desenvolvidos como Canadá, Estados Unidos e em grande parte da Europa.

“Eu cresci em Jucuruçu e nunca neguei minhas raízes por onde vou. Deixei minha cidade por circunstâncias políticas arcaicas, mas Deus me honrou, como tem feito com muitos jovens que precisam sair de Jucuruçu por motivo semelhante ou por falta de oportunidade. Desde criança, minha mãe sempre me falou que a vida não era fácil, mas que eu jamais deveria desistir dela.

Superei uma doença grave, superei o desemprego, superei perseguições e pressões de diversas formas por ser apenas quem eu sou e por não negar meu sangue. Estudei em escola pública, e nunca me esqueço do quanto aprendi nas salas de aulas do ACM. Poderia citar aqui todos os meus professores, mas prefiro não mencioná-los para não ser descortês com alguém, mas se um de vocês está lendo isso, afirmo que nunca me esquecerei de vocês.

Eu cresci em um lar de pessoas batalhadoras, onde a senhora, dona Vanda e o senhor, Seu Ailton foram exemplo e motivação. Minha batalha não tem sido fácil, mas desistência é uma palavra que não almejo mais colocar em prática. Medicina já não era mais um sonho, mas à partir da minha saída de Jucuruçu, se tornou meu objetivo, que hoje encaro como uma missão.

Espero, de verdade, que muitos outros jovens possam ingressar em medicina numa universidade pública brasileira como eu ingressei, e que esta conquista não seja minha, não seja da minha família, mas que seja de todos nós, jucuruçuenses”.

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