Trabalhadores e pequenos
agricultores da região de Cruzeiro do Sul, no interior de Vereda, estão
preocupados e exigindo uma providência da Secretaria de Educação do município
sobre o fechamento de uma escola que atendia os alunos dessa zona rural. Os
maiores, dizem os país, estão indo estudar no povoado de Cruzeiro do Sul, que
fica distante cerca de 20 quilômetros.
Os pais dizem que a escola
funcionava até final do ano passado com 11 alunos matriculados, sendo que após
o fechamento a partir de 2018, seis deles estão conseguindo ir de ônibus para
Cruzeiro do Sul e os outros cincos permanecem sem estudar. “Os que são maiores
caminham por cerca de três quilômetros até o ponto do ônibus, que muitas vezes não
passa e os menores, como não podem ir sozinhos, ficam sem estudar”, denunciam
os pais em um vídeo que está circulando nas redes sociais. Eles também dizem
que até o benefício do Bolsa Família desses alunos foi suspenso.
A medida de fechar a escola
foi tomada através do Decreto Municipal nº 114, de fevereiro de 2018, assinado
pelo prefeito do município, Dinoel Carvalho, sob alegação do número baixo e
custo alto para o funcionamento do estabelecimento de ensino. “Ficam encerradas
as atividades da Escola Municipal Boa Esperança, localizada na Fazenda Boa
Esperança, por falta de alunos que justifique a manutenção da referida Escola,
visando com isto os princípios da economicidade e do interesse público.
Os
alunos ainda existentes na localidade da referida Escola, serão removidos para
a Escola Municipal Eujácio Simões, localizada no povoado de Cruzeiro do Sul,
garantindo desta forma o direito à Educação, com promoção inclusive do
transporte escolar municipal”.
E finaliza o decreto
removendo também o professor que ensinava na escola rural. “O Professor
Erinaldo Vieira Resende, lotado na referida Escola, será removido para a mesma
Escola Municipal Eujácio Simões, localizada no povoado de Cruzeiro do Sul”.
Os pais não aceitam essa
alegação e asseguram que os 11 estudantes regulares justificariam o
funcionamento da escola, já que sua estrutura demandaria um custo mínimo, hoje
aumentado com o transporte escolar e penalizando os alunos menores, que não
possuiriam condição de caminhar por três quilômetros até o ponto onde passa o
ônibus./TN
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