É impressionante o quanto os
políticos tratam com desprezo a educação no Brasil. As nossas escolas convivem
com problemas ambientais e pedagógicos históricos que vão deixando o trabalho
do educador cada vez mais fragilizado.
Apesar de saberem que dela
depende a construção de uma sociedade sólida, emancipada e mais produtiva,
ignoram tudo que se deve fazer para que essa ação esperada por todos nós
aconteça em sua plenitude e que efetivamente, nossos alunos adquiram
habilidades e competências capazes de assegurá-los uma relação melhor com o
mundo em que vivem e dessas, colherem os frutos da prosperidade, do amor e da
justiça social.
Professores e outros
trabalhadores em Educação do município de Guaratinga (extremo sul da Bahia,
distante da capital (598Km) sofrem com a péssima administração da prefeita
Christine Pinto(PSD).
Desde que assumiu o mandato o
descaso com a educação vem sendo constantes, a prefeita sistematicamente,
atrasa os pagamentos salariais, num processo de perseguição sem fim aos
trabalhadores da educação, devido ao atraso dos meses sem salários. Segundo
informações os trabalhadores estão sem dinheiro até para se alimentar.
A educação no município de
Guaratinga, no extremo sul do estado, vai de mal a pior. Os professores estão
revoltados com o descaso da prefeita Christine Pinto com a classe, que está há
39 dias sem receber salários. Muitos profissionais da educação não sabem mais o
que fazer para pagar suas dívidas e sustentar suas famílias. O caos na educação
é total.
Uma professora, que pediu
para não ser identificada com medo de represália, encaminhou um relato à nossa
reportagem, falando sobre a situação em que se encontra a área da educação no
município de Guaratinga. Veja abaixo:
“Hoje, dia 09 de agosto de
2018. Nada diferente em relação a pagamentos dos trabalhadores da educação em
Guaratinga, pois estamos como na era da ditatura. Pergunto-me o que esses
gestores municipais pensam ao entrarem para a PREFEITURA MUNICIPAL DE
GUARATINGA? Que é uma fonte inesgotável de recursos? Que podem contratar Deus e
o mundo? Não, senhores! “De onde se tira e não se põe” já diziam os nossos
sábios mais velhos, acaba.
A gestora atual sabiam da delicada situação financeira
de Guaratinga, mesmo assim, a FÉ NA MUDANÇA foi para a disputa, prometeu, venceu
nas urnas, mas não está cumprindo com a palavra para com os trabalhadores da
educação. Está perdendo a cada dia a credibilidade do povo que nela confiou.
Está derretendo…. A mesa dos trabalhadores vazia, contas chegando, filhos
pedindo….
Incrível, como, mesmo sabendo
os valores que terão em caixa para honrar seus compromissos conosco (não com
seus apoiadores de campanha), não conseguem planejar, programar e coordenar com
eficiência essa Secretaria de Educação.
Vamos para 39 dias sem receber, vai usar dinheiro de agosto
para nos pagar o mês de julho (e a previsão é que isso se
prolongue por tempo indeterminado) usando recursos de mês seguinte para pagar
mês anterior.
E aí, como ficará o mês de agosto, se já está sendo utilizado a
verba deste mês para pagar despesas do
mês anterior? Achar uma saída é necessário e urgente!”.
Na acepção da palavra, o
município de Guaratinga mantém a tradição de: “Terra dos Contrastes”. No
tocante à complexa política ximanga, mais uma vez aflora uma incógnita, um
quebra-cabeça e uma indecifrável situação envolvendo o Executivo. As
insatisfações são tantas, que chegou ao ponto destes Trabalhadores em educação
e outros, já pensarem em protocolarem na sessão da Câmara Municipal, um
documento pedindo o afastamento da gestora municipal.
O Coordenador da
APLB-Sindicato, Orlandy Cabral, que representa os trabalhadores em educação no
município, conta que a situação é muito
crítica o que os professores estão passando, sem receber seus salários. As aulas
da educação municipal estão paradas e pelo visto, com salários atrasados, os
professores não vão voltar a dar aulas e a greve já foi decretada e o caos na
educação será grande.
“Estamos reivindicando os
nossos salários até o último dia útil de cada mês. Mas a prefeita colocou uma
nota na rua no dia 02 de agosto dizendo que tinha até o quinto dia útil para
nos pagar, mesmo assim o pagamento não aconteceu. Por isso estamos paralisando
todas as atividades escolares e só retornaremos após o pagamento salarial da
categoria,” informou.
Os professores se reunirão em
Assembleia Geral convocada pelo sindicato às 9h da manhã de quarta-feira dia 08
de agosto. Após a reunião a categoria percorreu as ruas da cidade, pararam em
frente ao fórum para chamar atenção do
poder judiciário para o problema e se
concentraram na câmara de vereadores.
“Se o município está
utilizando verbas de um mês subsequente para pagar um mês anterior, isso nos
deixa preocupados com o final do ano para receber o mês de dezembro e o décimo
terceiro salário. Esperamos um posicionamento da prefeitura de Guaratinga”,
finaliza Orlandy Cabral.
O Município de Guaratinga
recebeu em repasse da União referente ao
FUNDEB, um pouco mais de R$ 7 milhões,
em 2018./Zero Hora News
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