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sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Vergonha: Professores denunciam atraso de salários em Guaratinga e enfrenta descaso da Prefeita Christine Pinto




É impressionante o quanto os políticos tratam com desprezo a educação no Brasil. As nossas escolas convivem com problemas ambientais e pedagógicos históricos que vão deixando o trabalho do educador cada vez mais fragilizado.

Apesar de saberem que dela depende a construção de uma sociedade sólida, emancipada e mais produtiva, ignoram tudo que se deve fazer para que essa ação esperada por todos nós aconteça em sua plenitude e que efetivamente, nossos alunos adquiram habilidades e competências capazes de assegurá-los uma relação melhor com o mundo em que vivem e dessas, colherem os frutos da prosperidade, do amor e da justiça social.

Professores e outros trabalhadores em Educação do município de Guaratinga (extremo sul da Bahia, distante da capital (598Km) sofrem com a péssima administração da prefeita Christine Pinto(PSD).

Desde que assumiu o mandato o descaso com a educação vem sendo constantes, a prefeita sistematicamente, atrasa os pagamentos salariais, num processo de perseguição sem fim aos trabalhadores da educação, devido ao atraso dos meses sem salários. Segundo informações os trabalhadores estão sem dinheiro até para se alimentar.

A educação no município de Guaratinga, no extremo sul do estado, vai de mal a pior. Os professores estão revoltados com o descaso da prefeita Christine Pinto com a classe, que está há 39 dias sem receber salários. Muitos profissionais da educação não sabem mais o que fazer para pagar suas dívidas e sustentar suas famílias. O caos na educação é total.

Uma professora, que pediu para não ser identificada com medo de represália, encaminhou um relato à nossa reportagem, falando sobre a situação em que se encontra a área da educação no município de Guaratinga. Veja abaixo:

“Hoje, dia 09 de agosto de 2018.  Nada diferente em relação a pagamentos dos trabalhadores da educação em Guaratinga, pois estamos como na era da ditatura. Pergunto-me o que esses gestores municipais pensam ao entrarem para a PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGA? Que é uma fonte inesgotável de recursos? Que podem contratar Deus e o mundo? Não, senhores! “De onde se tira e não se põe” já diziam os nossos sábios mais velhos, acaba.

A gestora  atual sabiam da delicada situação financeira de Guaratinga, mesmo assim, a FÉ NA MUDANÇA foi para a disputa, prometeu, venceu nas urnas, mas não está cumprindo com a palavra para com os trabalhadores da educação. Está perdendo a cada dia a credibilidade do povo que nela confiou. Está derretendo…. A mesa dos trabalhadores vazia, contas chegando, filhos pedindo….

Incrível, como, mesmo sabendo os valores que terão em caixa para honrar seus compromissos conosco (não com seus apoiadores de campanha), não conseguem planejar, programar e coordenar com eficiência essa Secretaria de Educação. 

Vamos para 39  dias sem receber, vai usar dinheiro de agosto para  nos pagar  o mês de julho (e a previsão é que isso se prolongue por tempo indeterminado) usando recursos de mês seguinte para pagar mês anterior. 

E aí, como ficará o mês de agosto, se já está sendo utilizado a verba deste mês para pagar despesas do  mês anterior? Achar uma saída é necessário e urgente!”.

Na acepção da palavra, o município de Guaratinga mantém a tradição de: “Terra dos Contrastes”. No tocante à complexa política ximanga, mais uma vez aflora uma incógnita, um quebra-cabeça e uma indecifrável situação envolvendo o Executivo. As insatisfações são tantas, que chegou ao ponto destes Trabalhadores em educação e outros, já pensarem em protocolarem na sessão da Câmara Municipal, um documento pedindo o afastamento da gestora municipal.

O Coordenador da APLB-Sindicato, Orlandy Cabral, que representa os trabalhadores em educação no município,  conta que a situação é muito crítica o que os professores estão passando, sem receber seus salários. As aulas da educação municipal estão paradas e pelo visto, com salários atrasados, os professores não vão voltar a dar aulas e a greve já foi decretada e o caos na educação será grande.

“Estamos reivindicando os nossos salários até o último dia útil de cada mês. Mas a prefeita colocou uma nota na rua no dia 02 de agosto dizendo que tinha até o quinto dia útil para nos pagar, mesmo assim o pagamento não aconteceu. Por isso estamos paralisando todas as atividades escolares e só retornaremos após o pagamento salarial da categoria,” informou.

Os professores se reunirão em Assembleia Geral convocada pelo sindicato às 9h da manhã de quarta-feira dia 08 de agosto. Após a reunião a categoria percorreu as ruas da cidade, pararam em frente ao fórum  para chamar atenção do poder judiciário para o problema e se  concentraram na câmara de vereadores.

“Se o município está utilizando verbas de um mês subsequente para pagar um mês anterior, isso nos deixa preocupados com o final do ano para receber o mês de dezembro e o décimo terceiro salário. Esperamos um posicionamento da prefeitura de Guaratinga”, finaliza  Orlandy Cabral.

O Município de Guaratinga recebeu  em repasse da União referente ao FUNDEB, um  pouco mais de R$ 7 milhões, em 2018./Zero Hora News

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