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quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Moradores fazem ‘vaquinha’ para patrolar estrada do Corró, em Itanhém




Moradores da região de Curvelo da Conceição, vilarejo do munícipio de Itanhém, mais conhecido como Corró, fez uma ‘vaquinha’ para contratar uma retroescavadeira para tornar transitável um trecho de cerca de 5 km da estrada que liga o vilarejo à BA-290. Do Corró ao asfalto são apenas 15 km, que vivem em total abandono.

Isso ocorreu no inicio do mês de agosto, mas somente na tarde desta terça-feira (4), o Água Preta News teve acesso a um áudio que circulou nas redes sociais, no qual é feito um apelo para que o site, através de seus diretores, dê nota do ocorrido.

“Pessoal aqui no Corró juntou e fez uma ‘vaquinha’ para pagar a retroescavadeira pra arrumar a estrada do Corró para Itanhém. Pode passar aí pra Edelvácio ou Edelvânio, pode falar aí que juntamos aqui e cada um deu um pouco para pagar 20 horas de retroescavadeira”, diz o áudio.

O portal apurou que a voz seria do ex-vereador Dário Villas Boas Júnior, o Darinho que, coincidentemente é irmão do ex-presidente da Câmara e atual vereador Luiz Marcos Villas Boas, o Marquinhos. O portal ainda tentou, sem êxito, contato com o ex-vereador através do WhatsApp.

Dois outros áudios também circularam nas redes sobre o assunto. Em um áudio a pessoa pergunta se, de fato, populares estavam pagando para fazer a estrada. E, no outro, o interlocutor responde:

“O pessoal reuniu aqui porque a estrada estava intransitável. Cada um deu uma hora, teve gente que deu quatro, outros deram três. Cada um ajudou com o que pode. Não deu pra fazer tudo porque o pessoal aqui tem pouca condição, mas [a estrada] melhorou pelo menos o que estava intransitável e, agora, já está passando”, respondeu.

Com a condição do anonimato, o Água Preta News conversou com um homem que também colaborou para contratar a retroescavadeira. Ele explicou que foi pago R$ 120 reais por hora – já incluído o óleo – e que o trecho de 5 km durou cerca de quatro dias para ser feito.

“Só tinha buraco e, às vezes, era preciso dar voltas por outros lugares para tentar sair”, disse, enfatizando que quando chovia os carros ficavam atolados. “Um carro da prefeitura que levava a médica que faz atendimento na zona rural já atolou e precisou ser arrastado por outro carro”.

Quando perguntado se a prefeitura ajudou no patrolamento dos 5 km da estrada ele respondeu que quando o serviço já estava acabando, no último dia, a prefeitura mandou uma caçamba.

“Essa é a situação que a gente se encontra hoje. Pedimos várias vezes, até mesmo nas redes sociais, mas fomos ignorados”, concluiu./ aguapretanews

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