Moradores da região de
Curvelo da Conceição, vilarejo do munícipio de Itanhém, mais conhecido como
Corró, fez uma ‘vaquinha’ para contratar uma retroescavadeira para tornar
transitável um trecho de cerca de 5 km da estrada que liga o vilarejo à BA-290.
Do Corró ao asfalto são apenas 15 km, que vivem em total abandono.
Isso ocorreu no inicio do mês
de agosto, mas somente na tarde desta terça-feira (4), o Água Preta News teve
acesso a um áudio que circulou nas redes sociais, no qual é feito um apelo para
que o site, através de seus diretores, dê nota do ocorrido.
“Pessoal aqui no Corró juntou
e fez uma ‘vaquinha’ para pagar a retroescavadeira pra arrumar a estrada do
Corró para Itanhém. Pode passar aí pra Edelvácio ou Edelvânio, pode falar aí
que juntamos aqui e cada um deu um pouco para pagar 20 horas de retroescavadeira”,
diz o áudio.
O portal apurou que a voz
seria do ex-vereador Dário Villas Boas Júnior, o Darinho que, coincidentemente
é irmão do ex-presidente da Câmara e atual vereador Luiz Marcos Villas Boas, o
Marquinhos. O portal ainda tentou, sem êxito, contato com o ex-vereador através
do WhatsApp.
Dois outros áudios também
circularam nas redes sobre o assunto. Em um áudio a pessoa pergunta se, de
fato, populares estavam pagando para fazer a estrada. E, no outro, o
interlocutor responde:
“O pessoal reuniu aqui porque
a estrada estava intransitável. Cada um deu uma hora, teve gente que deu
quatro, outros deram três. Cada um ajudou com o que pode. Não deu pra fazer
tudo porque o pessoal aqui tem pouca condição, mas [a estrada] melhorou pelo
menos o que estava intransitável e, agora, já está passando”, respondeu.
Com a condição do anonimato,
o Água Preta News conversou com um homem que também colaborou para contratar a
retroescavadeira. Ele explicou que foi pago R$ 120 reais por hora – já incluído
o óleo – e que o trecho de 5 km durou cerca de quatro dias para ser feito.
“Só tinha buraco e, às vezes,
era preciso dar voltas por outros lugares para tentar sair”, disse, enfatizando
que quando chovia os carros ficavam atolados. “Um carro da prefeitura que
levava a médica que faz atendimento na zona rural já atolou e precisou ser
arrastado por outro carro”.
Quando perguntado se a
prefeitura ajudou no patrolamento dos 5 km da estrada ele respondeu que quando
o serviço já estava acabando, no último dia, a prefeitura mandou uma caçamba.
“Essa é a situação que a
gente se encontra hoje. Pedimos várias vezes, até mesmo nas redes sociais, mas
fomos ignorados”, concluiu./ aguapretanews
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