Líder dos caminhoneiros,
Wallace Costa Landim, conhecido como Chorão, afirmou nesta última quarta-feira
(27) que o congelamento no preço do diesel por períodos de 15 dias e o ‘cartão
caminhoneiro’, anunciados pela Petrobras, ainda não são suficientes para evitar
uma greve da categoria. Apesar de pessoalmente não apoiar o movimento, Landim
afirma haver de 15 a 20 grupos de articulação pela paralisação no WhatsApp.
Eles fogem ao controle de lideranças sindicais com as quais o governo tem
conversado. Segundo ele, a pressão parte, principalmente, de caminhoneiros de
Minas Gerais. Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte estão
entre os que já sinalizaram que não aprovam paralisação convocada para sábado,
30.
Neste mês, Chorão se
encontrou com representantes do governo em três ocasiões. Na primeira delas, no
dia 15, esteve com Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil, ao lado de técnicos
da Economia, para apresentar a pauta de reivindicação. No que diz respeito aos
combustíveis, os caminhoneiros pedem que o preço do diesel fique congelado por
pelo menos 30 dias e seja reduzido. “A Petrobrás teve lucro exorbitante”,
disse. “Não podemos pagar diesel em dólar.” Eles também negociam mais rigor na
cobrança de fretes e construção das paradas para descanso.
Para Landim, o fato de 90% da
categoria ter apoiado a eleição de Bolsonaro merece resposta. “A Petrobrás não
responde 100% nossas reivindicações, mas demonstra que o governo busca
mecanismos para nos atender”, disse. Reportagem publicada pelo jornal O Estado
de S. Paulo mostrou que o governo tem monitorado movimentações de caminhoneiros
no País. O acompanhamento é feito pelo Gabinete de Segurança Institucional
(GSI)./jornal O Estado de S. Paulo
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