O deputado federal Otoni de
Paula (PSC-RJ) entregou a vice-liderança do governo na Câmara nesta
quarta-feira (8), dois dias após o vídeo em que xingou o ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes tomar conta das redes sociais e do
meio político. Na gravação, ele se refere a Moraes como “lixo”, “canalha” e
“tirano”.
Como uma tentativa de
preservar o presidente Jair Bolsonaro, o deputado disse que entregou o cargo
porque não queria que sua fala fosse reproduzida como sendo do Planalto. “Foi
minha opinião pessoal e é exclusivamente de minha responsabilidade",
alegou o bolsonarista.
Antes de tomar essa decisão,
ele enviou uma mensagem a Bolsonaro, afirmando que, se fosse da vontade do
presidente, deixaria o cargo imediatamente. No entanto, adiantou que não estava
interessado em saber de pedidos do ministro Luiz Eduardo Ramos, articulador
político do governo.
"Quem está pedindo meu
cargo é o Ramos, porque eu o critiquei em rede social. Eu falei para o
presidente: 'Se essa decisão partir de Vossa Excelência, me avisa que coloco
meu cargo à disposição na hora. Só não quero ser tirado por alguém que não
queria me dar o cargo", declarou. Mesmo não tendo obtido resposta do
presidente, o deputado destacou que será sempre um "soldado de
Bolsonaro".
Alexandre de Moraes é o
relator do inquérito que investiga a divulgação de fake news e do que apura
atos antidemocráticos. Neste último, Otoni de Paula é um dos investigados e
teve o sigilo bancário aberto por determinação de Moraes./bnews
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