O preço da gasolina voltou a subir pela 5ª semana consecutiva e o litro já chega a custa R$ 7,99 em alguns postos do país. Há duas semanas, o valor médio nas bombas subiu de R$ 6,52 para R$ 6,710.
No Rio Grande do Sul, o litro já é vendido a R$ 7,99, maior valor médio registrado no Brasil, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Em seguida, aparecem Minas Gerais (R$ 7,599), Distrito Federal (R$ 7,499) e Pernambuco (R$ 7,439), com as maiores altas.
Já o diesel, utilizado pelos caminhões que levam carga pelas estradas do país, subiu de R$ 5,211 para R$ 5,339 o litro e desde o início do ano já aumentou em 48,05%. O gás de cozinha, por sua vez, aumentou 0,49% nas últimas duas semanas, passando de R$ 102,04 para R$ 102,48.
A situação da alta dos combustíveis tem recaído sobre o presidente Jair Bolsonaro, que tem feito críticas públicas à Petrobras e disse que busca uma forma de "ficar livre" da estatal. Em entrevista recente, voltou a isentar o governo federal do problema.
“Quando o preço aumenta nos Estados Unidos, culpam o Joe Biden ou Trump; aqui culpam a mim. Eu não tenho como interferir no preço da Petrobras. Se eu interferir, vou responder por crime, eu e o presidente da Petrobras. A gente quer resolver o problema, mas não queremos o problema pra nós também. O ideal é ficar livre da Petrobras, privatizá-la pra muitas empresas”, disse.
Atualmente, a política de preços da Petrobras tem como base o mercado internacional, e com a alta do dólar este valor reflete nos combustíveis.
Em entrevista ao Globo, o economista Eric Gil Dantas, do Observatório Social da Petrobras (OSP), afirmou que os combustíveis alcançaram o maior patamar de preço do século.
"Desde março, o GLP vem mês a mês atingindo o maior valor do século. No caso do diesel, esse recorde vem sendo quebrado mês a mês desde maio. Na gasolina, o maior patamar de preço chegou em outubro”, explicou./Atarde
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