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quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

PM mata esposa grávida, atira contra colegas em batalhão e se mata em seguida


Após matar a esposa, que estava grávida de três meses, nesta terça-feira (20), em Pernambuco, o soldado da Polícia Militar Guilherme Barros, de 27 anos, invadiu o 19º Batalhão de Polícia Militar (BPM), onde trabalhava, matou um colega, feriu outros três e se matou. 

A esposa foi morta na cidade de Cabo de Santo Agostinho, a cerca de 28 quilômetros da capital, Recife, onde o PM invadiu o batalhão. 

A mulher foi socorrida por familiares e levada para a Unidade de Pronto Atendimento do Cabo de Santo Agostinho, mas nem ela nem o bebê resistiram aos ferimentos. 

Após os disparos contra a esposa, o PM parou um carro que passava pela rua e foi até o batalhão em que trabalhava, onde entrou na sala de monitoramento e disparou contra os colegas. 

O policial se matou após os crimes. 

O caso aconteceu no fim da manhã. Em frente ao 19º BPM, a movimentação de pessoas e de policiais era grande. Um veículo do Instituto de Medicina Legal (IML) também foi enviado ao local. 

O corpo do tenente morto foi levado para o IML Recife. Dois PMs baleados no batalhão foram levados para o Hospital Português, na área central da cidade. 

Um terceiro policial foi levado para o Hospital da Restauração, no bairro do Derby, também no centro do Recife, de onde já recebeu alta. 

Entre os feridos está uma major, que precisou de doação de sangue e contou com a ajuda de colegas da corporação. 

As vítimas 

Claudia Gleice da Silva: esposa do soldado estava grávida e morreu após chegar à UPA; 

Wagner Souza: tenente da PM morreu após ser baleado na sede do 19º BPM; 

Aline Maria: major da PM passou por cirurgia e foi encaminhada para a UTI; 

Paulo Rebelo: cabo da PM, foi ferido no ombro, encontra-se internado para avaliação médica; 

Maurino Uchoa: sargento da PM foi atendido e recebeu alta médica. 

A cronologia do crime 

O policial militar atirou na esposa na casa dos dois, no bairro de Malaquias, no Cabo de Santo Agostinho. 

A mulher, que estava grávida de três meses, foi atingida por sete tiros. 

Familiares da vítima foram chamados e a levaram para a UPA do Cabo. 

PM seguiu em um carro para a sede do 19º BPM, na Zona Sul do Recife. 

Na sede do batalhão, ele entrou atirando na sala de monitoramento, matando um PM e ferindo outros três. Depois, se matou. 

Após dar entrada na UPA com pulsação fraca, a esposa não resistiu aos ferimentos. Ela morreu às 11h21. 

Investigações 

A SDS informou que os crimes que ocorreram na sede do 19º BPM serão apurados por meio de Inquérito Policial Militar, enquanto o assassinato da esposa do soldado Guilherme será apurado pela Polícia Civil. 

A morte de Claudia Gleice da Silva, no Cabo de Santo Agostinho, foi registrada como feminicídio pela Força Tarefa de Homicídios. Segundo a corporação, as investigações serão conduzidas pela 14ª Delegacia de Polícia de Homicídios. 

O que diz o governo 

Em nota, a Secretaria de Defesa Social (SDS) diz que as forças de segurança do estado estão atuando para "dar o suporte aos feridos, investigar e coletar elementos que ajudem a elucidar as circunstâncias e a motivação dessa tragédia envolvendo policiais do 19º batalhão e a mulher de um policial". 

Equipes das polícias Militar, Civil, Científica e do Corpo de Bombeiros atuam no caso. 

No comunicado, a SDS disse que, de imediato, "foi feito o socorro das vítimas e acionados todos os meios para o atendimento da ocorrência". 

"Neste momento de dor e comoção, solicitamos compreensão e respeito às vítimas, familiares, colegas de profissão e demais envolvidos", diz a nota./G1

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