Imagens obtidas com exclusividade pelo Fantástico mostram a movimentação do local onde Hyara Flor Santos Alves, de 14 anos, foi morta a tiro. O caso aconteceu dentro da casa dela, em Guaratinga, em uma comunidade cigana no extremo sul da Bahia.
Hyara tinha se casado e ido morar com um jovem da mesma idade. Ambos seguiam a tradição cigana, e a cerimônia havia sido autorizada pelas famílias.
O laudo da perícia afirma que o tiro disparado contra a jovem no dia 6 de julho foi feito por alguém a, no máximo, 25 centímetros de distância. A bala entrou pelo pescoço e ficou alojada na vértebra cervical da adolescente.
Ainda não se sabe se o tiro foi intencional ou acidental, mas a polícia pediu à Justiça a apreensão do marido de Hyara, já que ele é menor.
A família da vítima sustenta a versão de que ela foi morta pelo próprio marido, a mando do pai dele. Seria uma vingança por causa de um suposto relacionamento extraconjugal entre a mãe do adolescente e um tio de Hyara. A advogad da família de Hyara acredita que ela tenha sido vítima de feminicídio.
No vídeo, um dos irmãos menores do marido de Hyara, um garoto de 9 anos, sai de casa e parece chamar pelo pai, que está conversando na rua. O pai e um tio do rapaz correm para dentro do imóvel.
As imagens mostram ainda que, três minutos após o disparo, a caminhonete de um vizinho entra na garagem da casa, e dois minutos depois leva Hyara para o hospital. Ela morre em seguida (confira os detalhes no vídeo acima).
De acordo com o delegado que investiga o caso, um tio do garoto é a única testemunha que diz ter visto o adolescente com a arma na mão.
Outro tio do jovem diz não saber o paradeiro da família, e que está surpreso com tudo o que aconteceu.
"Para mim, ele não iria fazer isso. Foi nascido e criado aqui com a gente. Nunca vi coisa dele assim, de briga, essas coisas", disse.
A polícia rastreou o veículo
e descobriu que a família do adolescente evitou rodovias movimentadas e seguiu
por pequenas cidades da Bahia e do Espírito Santo, até Vitória. Na capital
capixaba, tentaram ficar na casa de parentes.
Segundo a investigação, eles
passaram ainda por uma colônia de ciganos em Cariacica, na Grande Vitória.
Depois disso, desapareceram./G1
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