"Pesca, aquicultura e carcinicultura são cadeias prioritárias para o governo do Estado, que tem o papel de estimular e estruturar essas atividades, tornando a Bahia autossuficiente na produção de pescado, já que possui potencial e imensa extensão litorânea”, ressaltou o secretário Estadual da Agricultura, Vitor Bonfim, durante a solenidade de posse da nova diretoria da Federação dos Pescadores e Aquicultores do Estado da Bahia (Fepesba). José Carlos Rodrigues, mais conhecido com Zé Carlos da pesca, transmitiu a presidência para o sucessor, Raimundo Costa, antes vice-presidente da instituição, nesta segunda-feira (21), no Hotel Sol Bahia. A Bahia possui o maior litoral do Brasil, com 1.200 quilômetros de costa e 60 bilhões de metros cúbicos de águas continentais aptas ao uso para produção de pescado.
O secretário ressaltou que "o governo vem empreendendo ações de incentivo à pesca, e uma delas será concretizada em 2016, quando o governador Rui Costa vai assinar edital destinando R$ 20 milhões para revitalização da cadeia da pesca”. Outro instrumento implementado pelo governo, através da Bahia Pesca, empresa vinculada à Secretaria da Agricultura (Seagri), é o Centro Vocacional Tecnológico do Pescado (CVTT), construído na Fazenda Oruabo, em Santo Amaro. O objetivo do centro é formar técnicos e empreendedores em pesca e aquicultura no Estado, transformando-os em multiplicadores de conhecimento. "O CVTT possui um frigorífico com grande capacidade de armazenagem para prestar serviços aos pescadores, inibindo inclusive a ação dos atravessadores. Essas ações buscam estruturar a produção do pescado para suprir a necessidade do mercado interno, e impulsionar a exportação”, destacou o secretário.
O presidente da Bahia Pesca, Dernival Oliveira Júnior, chama atenção para importância de unir esforços para fomentar a pesca na Bahia. "A Bahia Pesca está à disposição da Fepesba, para execução de trabalho conjunto. Este edital de revitalização da cadeia da pesca, por exemplo, é um dos resultados fruto de uma ação transversal, que envolve, além da Bahia Pesca, a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional”, disse.
O cosumo de pescado pelos baianos, de 10 a 11 quilos por pessoa ao ano, está acima da média nacional, e apesar do enorme potencial do Estado para a pesca e aquicultura, a produção não consegue suprir a demanda do mercado interno. Mais de 60 mil toneladas de pescado vêm de fora, de estados como Santa Catarina, Pará, São Paulo, e até mesmo de outros países, a exemplo de Chile e Vietnã.
"O pescador é um produtor de alimento, e deve ser respeitado como tal. Já obtivemos grandes avanços no setor e o desafio de valorizar esses profissionais continua. Flexibilizar o acesso ao crédito, negociação de dívidas, parceria com as prefeituras e órgãos das esferas estadual e federal são algumas de nossas metas para fomentar a pesca e a aquicultura no Estado”, finalizou o presidente empossado da Fepesba, Raimundo Costa.
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