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quarta-feira, 9 de março de 2016

Mais de R$ 2 milhões por ano era desviado pela Secretaria de Educação de Medeiros Neto



Medeiros Neto: A Polícia Federal realizou na manhã desta terça-feira, 08 de março, uma operação denominada “Era”, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, na cidade de Medeiros Neto, que acabou na apreensão de diversos documentos e HD's, além da prisão preventiva da secretária de educação, Aleny Brito Lacerda, o motorista da Secretaria de Educação, Ranieri Santos Lima, e de Hairton Fortunato, porém esse último foi preso por porte ilegal de arma de fogo.
De acordo com informações da PF, foram utilizadas 09 viaturas, e trabalharam nessa prisão cerca de 30 policiais, desde às 06 horas de hoje. Os mandados de busca e apreensão ocorreram na sede da Prefeitura de Medeiros Neto, que ficou sem suas atividades durante a manhã; na Secretária de Educação; na casa e na fazenda do ex-secretário de Administração, Júnior Costa; do seu irmão Rogério Costa (filhos do prefeito Nilson Costa); na casa da chefe do setor de RH da prefeitura, Suzete Fortunato – que terminou na prisão do seu esposo, Hairton, por porte ilegal de arma – e, na casa de outros parentes do prefeito.

Todo o material apreendido está sob responsabilidade do delegado responsável, Bel. Pancho Rivas, que explicou, em entrevista, que a operação se iniciou a partir de denúncias sobre o desvio de verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), que estava sendo feito através de inclusão de vantagens indevidas nos contracheques de servidores da Prefeitura de Medeiros Neto, em que os servidores eram obrigados a sacarem esses valores e devolverem para a Secretária de Educação.


Esse dinheiro era nomeado no contracheque como “Demais Vantagens” e, algumas vezes, era maior do que o salário do servidor público. Esse incremento, de acordo com o delegado, foi feito pelo setor de RH, a mando do filho do prefeito, Nilson Vilas Boas Costa Júnior, que também é secretário de administração. Os funcionários recebiam esse dinheiro, oriundo da União, e eram obrigados a entregar esse valor para a secretária de educação, Aleny, que dividia o dinheiro com Júnior.

Ao todo, 80 funcionários públicos participavam do esquema de corrupção e desvio de dinheiro público. Por mês, o valor desviado da União e do FUNDEB chegava a, aproximadamente, R$ 200 mil reais, e por ano, chegaria a mais de dois milhões de reais. Os funcionários que admitiram fazer parte do esquema durante depoimento no Ministério Público Federal de Teixeira de Freitas, foram demitidos pela Prefeitura.



Nesta operação, houve também quatro conduções coercitivas, de pessoas que ainda não tiveram nomes divulgados. A participação do motorista no esquema da secretária se deu, pois, ele era o responsável por sacar o dinheiro e fazer o depósito./Liberdadenews

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