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quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Em um ano, falhas em hospitais causaram a morte de 3 brasileiros a cada 5 minutos, diz estudo


Resultado de imagem para IESS


Um levantamento do IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar) divulgado nesta quarta-feira (22) mostra que 829 brasileiros morrem por dia em decorrência de situações que poderiam ter sido evitadas -- estimativa que aponta para 3 (2,87) mortes a cada 5 minutos.

Em 2016, 302.610 morreram em hospitais públicos e privados em decorrência dessas "falhas".

Erro de dosagem em medicamentos, uso incorreto de equipamentos e infecção hospitalar estão entre as causas evitáveis. Segundo a pesquisa, dos 19,1 milhões de brasileiros internados em hospitais ao longo de 2016, 1,4 milhão passou por pelo menos um evento que poderia ter sido prevenido.

Falhas evitáveis em hospitais matam 3 brasileiros a cada 5 minutos

Dentre as maiores vítimas, estão bebês com menos de 28 dias e idosos com mais de 60 anos. Nesse grupo, quedas no hospital, infecções localizadas da cirúrgia, trombose venosa e embolia pulmonar estão entre as causas evitáveis mais frequentes.

Ainda, infecções associadas ao uso de sonda e a de cateter venoso central são causas comuns que poderiam ter sido evitadas, aponta o levantamento.

A pesquisa acompanhou 240.128 pacientes que tiveram alta hospitalar entre o início de julho de 2016 e final de junho de 2017.

O estudo teve como um dos responsáveis o médico Renato Couto, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais.

Qualidade dos hospitais no país

O trabalho cita um trabalho de 2009 ("Desempenho hospitalar no Brasil", de La Gorgia e Couttolenc) para situar a qualidade dos hospitais no páis. Segundo esse estudo, o hospital brasileiro típico tem pequeno porte e tem apenas 34% da eficiência se comparado aos melhores hospitais do país.

Eles também possuem modelos de gestão inadequados e pagamento com base na produção. Ainda, 60% dos hospitais têm até 50 leitos, contra um porte mínimo recomendado de 200 leitos.


Na conclusão, os autores do levantamento apontam ser necessário qualificar a rede hospitalar brasileira, incluindo a gestão baseada em normas certificáveis. Uma melhor padronização, afirmam, melhora o resultado de redes assistenciais.

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