Prisões
Segundo informações obtidas
pelo G1, Ronnie e Élcio estavam saindo de suas casas quando foram presos. Eles
não resistiram à prisão e nada disseram aos policiais.
Ronnie estava em sua casa em
um condomínio na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, o mesmo onde o
presidente Jair Bolsonaro tem residência. Élcio mora na Rua Eulina Ribeiro, no
Engenho de Dentro.
A Operação Lume cumpre ainda
32 mandados de busca e apreensão contra os denunciados para apreender
documentos, telefones celulares, notebooks, computadores, armas, acessórios,
munição e outros objetos. Durante todo o dia, haverá buscas em dezenas de
endereços de outros suspeitos.
Após a prisão de Ronnie,
agentes fizeram varredura no terreno da casa dele e encontraram armas e facas.
Detectores de metais foram usados para vasculhar o solo, e até uma caixa d'água
passou por vistoria.
'A mando de quem?', questiona
Freixo
O deputado federal Marcelo
Freixo (PSOL) disse que, apesar das duas prisões, o caso "não está
resolvido". Amigo de longa data, ex-chefe e correligionário de Marielle,
ele questionou: "A mando de quem [ela foi assassinada]?".
"São prisões
importantes, são tardias. É inaceitável que a gente demore um ano para ter
alguma resposta. Então, evidente que isso vai ser visto com calma, mas a gente
acha um passo decisivo. Mas o caso não está resolvido", disse Freixo em
entrevista ao G1 e ao Bom Dia Rio.
"Ele tem um primeiro
passo de saber quem executou. Mas a gente não aceita a versão de ódio ou de
motivação passional dessas pessoas que sequer sabiam quem era Marielle
direito."
Três meses de pesquisas
Ronnie foi levado à Divisão
de Homicídios do Rio por volta das 4h30. De acordo com os promotores do Grupo
de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o crime foi meticulosamente
planejado durante três meses.
A investigação aponta que
Ronnie fez pesquisas na internet sobre locais que a vereadora frequentava. Os
investigadores sabem ainda que, desde outubro de 2017, o policial também
pesquisava a vida de Freixo.
Ronnie teria feito pesquisas
sobre o então interventor na segurança pública do Rio, general Braga Netto,
além de buscas sobre a submetralhadora MP5, que pode ter sido usada no crime.
A polícia afirma ainda que
Ronnie usou uma espécie de "segunda pele" no dia do atentado. A malha
que cobria os braços serviria, segundo as investigações, para dificultar um
possível reconhecimento./G1
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