A Polícia Federal (PF)
cumpre, na manhã desta terça-feira (22/7), mais um desdobramento da Operação
Lava-Jato e tem como alvo o senador José Serra (PSDB-SP). A investigação é
sobre um suposto caixa 2 na campanha eleitoral do tucano ao Senado em 2014.
Determinados pela 1ª Zona
Eleitoral de São Paulo, são cumpridos quatro mandados de prisão temporária e 15
de busca e apreensão em São Paulo, Itatiba (SP), Itu (SP) e em Brasília, além
do bloqueio judicial de contas bancárias dos investigados.
Segundo a PF, foi constatada
a existência de indícios do recebimento por de doações eleitorais não
contabilizadas por meio de operações financeiras e societárias simuladas,
“visando assim ocultar a origem ilícita dos valores recebidos, cujo montante
correspondeu à quantia de R$ 5 milhões”.
Ainda segundo a corporação, o
inquérito policial contou com a “colaboração espontânea de pessoas que teriam
sido contratadas no ano de 2014 para estruturar e operacionalizar os pagamentos
de doações eleitorais não contabilizadas, efetuados supostamente a mando de
acionista controlador de importante grupo empresarial do ramo da
comercialização de planos de saúde”.
No decorrer das
investigações, a PF apurou ainda a existência de outros pagamentos, em quantias
elevadas e realizados por grandes empresas, uma delas do setor de nutrição e
outra do ramo da construção civil. Todos esses pagamentos seriam destinados a
uma das empresas supostamente utilizadas por Serra para a ocultação do
recebimento das doações.
23º Paralelo
A Operação foi denominada 23º
Paralelo, em referência ao paralelo no 23° grau a sul do plano equatorial
terrestre, onde fica localizada a cidade de São Paulo, local em que o grupo
investigado teria praticado os crimes, bem como onde se desenvolve a maior
parte das ações investigativas.
Os investigados responderão,
na medida de participações, pelos crimes de associação criminosa, falsidade
ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro. As penas vão de 3 a 10 anos de
prisão, sem prejuízo de responderem por outros crimes que possam ser
descobertos ao longo da investigação./G1
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