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sexta-feira, 8 de julho de 2022

Especialistas da USP visitam fábrica de montagem da urna em Ilhéus (BA)

Nesta quarta-feira (29), especialistas da Universidade de São Paulo (USP) conheceram a fábrica onde estão sendo montadas as novas urnas eletrônicas Modelo UE 2020, em Ilhéus (BA). Os técnicos integram o Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc) do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais da Escola Politécnica da USP e a visita faz parte do convênio de cooperação técnica entre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a Universidade, firmado ano passado. 

Eles observaram todo o processo de montagem do início ao fim, com os rigorosos padrões de segurança na preparação do equipamento. Os componentes das novas urnas encomendadas pelo TSE, entre eles a placa-mãe e o terminal do mesário, começaram a ser produzidos em novembro de 2021, em Manaus, pela empresa Positivo Tecnologia, vencedora da licitação para fabricar o Modelo 2020. Já a montagem final da urna é realizada em Ilhéus. Do município baiano, as urnas são distribuídas por transporte terrestre para os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs). 

Parceria 

O acordo entre TSE e USP prevê o intercâmbio de conhecimento e atividades de pesquisa e inovação em tecnologias aplicadas ao sistema de votação brasileiro. Para isso, foi criado um Grupo de Trabalho entre as duas instituições para acompanhar e discutir as propostas do projeto Eleições do Futuro. 

Esse projeto busca construir uma arquitetura computacional que possibilite uma relação custo benefício melhor para o processo eleitoral ao longo dos próximos anos. Entre outros pontos, o convênio prevê estudos para a criação de um novo equipamento ainda mais efetivo e moderno, o que permitirá diminuir os custos de transporte e incrementar a logística na preparação das eleições. 

Para isso, foca no uso de componentes eletrônicos com maior capacidade de integração, sem comprometer a segurança, o sigilo, a auditabilidade e a transparência do sistema. 

Segundo o coordenador de Tecnologia Eleitoral do TSE, Rafael Azevedo, a visita permitiu que os especialistas da USP entendessem como o sistema eleitoral é complexo e diferente dos equipamentos eletrônicos normais. “É importante que eles façam uma avaliação do que existe hoje para poder sugerir melhorias para o futuro de modo consistente”, explicou.   

Azevedo esclareceu ainda que o convênio entre as duas instituições já começou a desenhar algumas ideias, mas que ainda precisam ser testadas. “Estamos promovendo encontros para debater sugestões para depois, se for o caso, planejar algum tipo de projeto piloto ou simulado adequado para a inovação sugerida”, disse. 

Contribuições para evoluir 

Os profissionais passaram o dia percorrendo todo processo de fabricação e as estações utilizadas no processo de fabricação de urnas e também todos os procedimentos de segurança aplicados. 

Segundo o coordenador de Modernização do TSE, Celio Wermelinger, o objetivo da participação da equipe da USP do projeto Eleições no Futuro é contribuir com o TSE na definição de um novo processo de votação. E uma das partes mais importantes disso é saber compatibilizar as ideias com a produção dos equipamentos. 

O intuito da vinda deles, na avaliação do coordenador, é conhecer como acontece o processo de fabricação da urna eletrônica que possui características que vão além de uma produção normal de um computador. “Com isso, eles poderão analisar e sugerir melhorias no processo, considerando essas características e num cenário com mais controles de segurança”, falou Wermelinger. 

Na avaliação do professor da USP, Marcos Simplício, o processo de fabricação da urna é bem complexo e tem muitas etapas de segurança e de confiabilidade para garantir que não vai haver falhas durante a produção. 

“A nossa vinda até aqui vai ajudar bastante a entender alguns dos processos e também a pensar em alguns outros pontos que poderíamos eventualmente adicionar como melhorias.  Vimos alguns diagramas de como é feita a verificação, as chaves, a assinatura, tudo isso garante que não vá rodar nada na urna que não seja previamente autorizado pelo TSE e deu para entender os pontos específicos de onde são feitas as verificações de segurança”, explicou. 

Simplício apontou, ainda, que o convênio com o TSE  é como se fosse um Teste Público de Segurança, mas de longo prazo. 

“Conseguimos esclarecer algumas dúvidas e teorias que tínhamos, como hipóteses de tentativa de ataques ao sistema de votação que caíram por terra”, contou o docente. 

Eleições 2022 

As Eleições 2022 terão um total de 577 mil urnas eletrônicas, entre as que serão efetivamente utilizadas e as de contingência, que poderão substituir um equipamento no caso de algum problema no dia da votação. Desse total, 224.999 urnas são do modelo mais atual, chamado UE 2020. 

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Além de um design mais moderno, a UE 2020 possui um processador 18 vezes mais rápido que o modelo anterior. O teclado foi aprimorado e a bateria durará por toda a vida útil do equipamento. O terminal do mesário também passou por uma modernização e deixou de ter teclado físico e agora conta com tela sensível ao toque./IC/CM

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