Família se pronuncia após episódio envolvendo homem em surto psicótico: “Um pedido por compreensão”

 

Após um episódio lamentável ocorrido hoje em Itamaraju/BA que ganhou repercussão nas redes sociais, familiares do autor do ato que colocou fogo nos caixas da Caixa Econômica, vieram a público esclarecer a situação e pedir empatia diante de um caso profundamente delicado envolvendo saúde mental. 

Segundo relato da família, o responsável pelo ocorrido é um homem que há muitos anos enfrenta um quadro grave de esquizofrenia — doença mental crônica que afeta a percepção da realidade, o comportamento e o discernimento da pessoa acometida. O episódio teria acontecido durante um surto psicótico, caracterizado pela perda total do controle sobre os próprios pensamentos e ações. 

“Ele não agiu por maldade ou por intenção criminosa. Foi um momento de total desconexão com a realidade. Nossa família tem acompanhado sua condição de perto, com acompanhamento médico e esforços contínuos para garantir o tratamento necessário”, afirmam os familiares. 

Eles explicam que, como é comum em casos psiquiátricos severos, há fases de instabilidade que representam riscos tanto para o paciente quanto para quem está ao seu redor. “Sabemos da gravidade do que aconteceu, mas também sentimos a dor de ver um ente querido em sofrimento profundo, sem discernimento entre o certo e o errado.” 

A família, especialmente a avó do paciente — que há anos é responsável direta por seus cuidados —, já buscou diversas alternativas de ajuda, incluindo internações, tratamentos e uso contínuo de medicamentos. No entanto, afirmam que o momento atual é um dos mais difíceis já enfrentados. “Ela já não sabe mais o que fazer. Sente-se impotente diante da piora do quadro e ainda mais abalada ao ver o neto sendo julgado publicamente, sem que se compreenda o que está por trás de tudo isso.” 

Em nota, a família reforça o pedido de respeito ao momento vivido: “Não estamos tentando justificar. Apenas pedimos que esse caso seja analisado não só sob uma ótica criminal, mas também com um olhar humano, médico e social. A saúde mental precisa ser tratada com seriedade e sensibilidade em nossa sociedade.” / RevistaBration – Itamaraju