Com o objetivo de ampliar as exportações para os países importadores, a exemplo dos Estados Unidos, a Bahia precisa atender às medidas de manejo de risco que visam minimizar as ameaças fitossanitárias. Em razão disso, o produtor deve seguir um protocolo de requisitos que contempla a qualidade alimentar e a fitossanidade.
Uma das medidas que os fiscais da Adab irão adotar junto ao produtor é a inspeção da área de plantio para posterior liberação da exportação. O diretor de Defesa Sanitária Vegetal, Armando Sá, explica que nesta ação é observado o grau de maturação dos frutos, o índice de moscas-das-frutas, o controle de qualidade do monitoramento, entre outros aspectos.
Treinamento
O diretor de Defesa Sanitária Vegetal esclarece que esta é uma atividade normalmente atribuída ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), mas pode ser delegada à Adab. De acordo a Instrução Normativa nº 05, a empresa exportadora - a Bello Fruit - deverá garantir a identidade, a rastreabilidade e a conformidade fitossanitária dos frutos oriundos da aplicação das medidas integradas baseadas no princípio dos Systems Approach.
Para isso, o Mapa, por meio da Superintendência Federal na Bahia (SFA/BA), realizou treinamento técnico com fiscais das coordenadorias regionais da Adab em Teixeira de Freitas, Itabuna, Vitória da Conquista e Salvador, em abril deste ano. O treinamento foi ministrado pelo fiscal federal Joel Lourenço Scabelo e pelo responsável técnico da empresa, Rodrigo Viana.
Os fiscais da Adab visitaram o Projeto Capitão, no município de Pedro Canário, no Espírito Santo, a cerca de 20 quilômetros da empresa processadora de frutas, onde inspecionaram os pomares monitorados de papaia, observando o trabalho de retirada dos frutos maduros, a distribuição das armadilhas, a leitura das armadilhas e o controle das viroses do mamoeiro.
A coordenadora do Projeto Estadual do Controle da Mosca-das-Frutas da Adab, Rita de Cássia de Oliveira, conta que na empresa processadora, localizada no município de Mucuri, eles acompanharam a chegada dos frutos da área produtora e visitaram as áreas de seleção e inspeção, incluindo o tratamento em água quente, embalagem e refrigeração dos frutos tratados, além da plataforma de embarque.
De acordo com a superintendente federal da Agricultura na Bahia, Virgínia Hagge, a exportação de frutas baianas não representa apenas a consolidação da qualidade do produto baiano, mas o rompimento de barreiras comerciais e abertura de mercados. “A boa qualidade das frutas e ausência de pragas são as principais exigências dos mercados importadores. Por isso vamos continuar dando todo apoio para as exportações, sempre garantindo a sanidade dos produtos e subprodutos de origem agropecuária”.
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