Por esse motivo, cerca de metade dos diabéticos não sabe que tem a doença. Recomenda-se que todas as pessoas com mais de 45 anos façam pelo menos um exame de glicemia a cada três anos. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem evitar graves consequências à saúde.
Uma alimentação saudável, a prática regular de exercícios físicos e a educação em diabetes são os pilares de um tratamento de sucesso, e podem reduzir muito o risco de complicações pela doença. Então, vamos falar um pouco sobre cada uma dessas atitudes, tão importantes para atingir bons resultados.
Alimentação saudável – As recomendações nutricionais para os diabéticos são semelhantes àquelas da população geral. A ingestão calórica diária deve ser individualizada, de acordo com a necessidade de perda de peso.
Quanto à composição da dieta, o consumo moderado de carboidratos é permitido. Apesar de contribuírem para o aumento dos níveis glicêmicos, fornecem energia, fibras, vitaminas e minerais, além de serem agradáveis ao paladar.
Deve-se dar preferência a alimentos com maior teor de fibras, que retardam a absorção da glicose pelo organismo. As principais fontes de fibras são frutas, legumes, verduras, farelo de aveia e de cevada, semente de linhaça e leguminosas. Mesmo esses alimentos devem ser consumidos com moderação, pois muitos também são fontes de carboidratos.
O consumo de ômega-3 pode melhorar a resistência à insulina, favorecendo o controle do diabetes. Portanto, recomenda-se o consumo de duas a três porções de peixes (com exceção de filés fritos) por semana.
O consumo de gorduras saturadas – provenientes de carnes gordas, manteiga, óleos de coco e dendê, leite integral e embutidos em geral – deve ser controlado, assim como o de gorduras trans encontradas em frituras, bolos e tortas industrializados, pipocas de micro-ondas, sorvetes de massa, biscoitos salgados e recheados.
Quanto às proteínas, preferir carnes magras, soja, leite, queijos e iogurtes com baixo teor de gordura.
O uso de adoçantes é seguro, e proporciona a redução do consumo diário de açúcares.
Exercícios físicos – Os exercícios são benéficos tanto para a prevenção como para o tratamento do diabetes, independentemente do peso corporal. Uma de suas principais ações se dá através da melhora da ação da insulina, facilitando a entrada da glicose nas células musculares e adiposas, reduzindo seus níveis sanguíneos.
Esses efeitos duram 24 a 72 horas após cada sessão de exercício. Além de melhorar o controle glicêmico, também favorecem a pressão arterial e o colesterol, reduzindo o risco de doenças cardiovasculares como o infarto e o derrame.
Antes de iniciar a prática de exercícios, alguns pacientes devem realizar avaliação cardiológica, a critério clínico, dependendo de fatores como idade, presença de hipertensão, tabagismo, colesterol elevado ou complicações da doença.
Exercícios aeróbicos são recomendados diariamente, ou pelo menos a cada dois dias, num total de pelo menos 150 minutos por semana. Exercícios de resistência (musculação) também devem ser incluídos nos planos de atividades do diabético, duas a três vezes por semana.
Educação em diabetes – O conhecimento da doença é essencial para o tratamento efetivo do diabetes, pois quando conhecemos o inimigo fica mais fácil de escolher as armas para a batalha. Tanto o paciente como a família precisam ser informados sobre a importância de adquirir hábitos saudáveis no dia a dia, e de excluir outros que podem ser prejudiciais, já que deverão ser mantidos por toda a vida.
É importante salientar que esses cuidados não são diferentes daqueles recomendados para a população geral, independentemente da presença do diabetes. Tanto o monitoramento das glicemias como o uso correto dos medicamentos são de extrema importância para os portadores da doença.
A educação em diabetes permite aos pacientes tomar decisões que levem a bons resultados no controle da doença, pois as atitudes tomadas no dia a dia definem o controle a longo prazo e são de extrema importância para a prevenção de complicações.
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